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Guerra na Ucrânia

Rússia anuncia "regime de silêncio" para retirada de civis em Mariupol

30 mar, 2022 - 22:53 • Lusa

Ministério da Defesa russo confirma trégua a partir das 10h00 locais desta quinta-feira, 08h00 em Portugal. Objetivo é abrir um corredor humanitário para a cidade de Zaporizhzhia.

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O Ministério da Defesa de Rússia anunciou na noite desta quarta-feira um "regime de silêncio", ou um cessar-fogo local, a partir das 10h00 (08h00, em Portugal) de quinta-feira, para retirar civis da cidade ucraniana cercada de Mariupol.

Esta medida deverá permitir a abertura de um corredor humanitário para a cidade ucraniana de Zaporizhzhia com escala no porto de Berdiansk, sob controlo russo.

"Para que esta operação humanitária seja bem-sucedida, propomos realizá-la com a participação direta de representantes do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV)", lê-se num comunicado governamental.

O Ministério da Defesa russo também pede que Kiev garanta o "respeito incondicional" deste cessar-fogo local através de uma nota escrita enviada ao Kremlin, ao ACNUR e ao CICV antes das 06:00 (03:00, em Lisboa) de quinta-feira.

Moscovo também exige que o Exército ucraniano se comprometa a garantir a segurança dos comboios de autocarros que irão viajar pela rota definida.

Pelo menos 5.000 pessoas foram mortas em Mariupol, no sudeste da Ucrânia, desde o início da invasão russa, anunciou segunda-feira uma conselheira da Presidência ucraniana, encarregada dos corredores humanitários.

"Cerca de 5.000 pessoas foram enterradas, mas há dez dias que as pessoas já não são enterradas, por causa dos constantes bombardeamentos", declarou Tetiana Lomakina, citada pela agência noticiosa francesa AFP, estimando que "dado o número de pessoas ainda sob os escombros (...), poderá haver à volta de 10.000 mortos".

A cidade portuária de Mariupol está cercada pelo exército russo desde o final de fevereiro, o que obrigou milhares dos seus habitantes a viver em condições muito difíceis, sem eletricidade, água potável ou comida.

De uma população em tempo de paz de 450.000 pessoas, cerca de 160.000 ainda lá estão encurraladas, segundo o presidente da câmara, Vadim Boïtchenko.

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