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Alerta da UNICEF. Mais de metade das crianças ucranianas foram obrigadas a sair de casa

24 mar, 2022 - 10:52 • Olímpia Mairos , com agências

O organismo das Nações Unidas aponta ainda para o perigo do tráfico e exploração que as crianças desacompanhadas enfrentam.

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Mais da metade das crianças na Ucrânia foram obrigadas a abandonar as suas casas desde que a Putin iniciou a invasão do país em 24 de fevereiro, avança a Unicef esta quinta-feira.

“Um mês de guerra na Ucrânia provocou o deslocamento de 4,3 milhões de crianças, mais da metade da população infantil do país, calculada em 7,5 milhões”, alerta o organismo das Nações Unidas para a Infância.

De acordo com a Unicef, do total de crianças deslocadas, 1,8 milhões de menores atravessaram a fronteira para buscar refúgio nos países vizinhos e 2,5 milhões permanecem dentro da Ucrânia.

“A guerra provocou um dos maiores e mais rápidos deslocamentos de crianças desde a Segunda Guerra Mundial”, sinaliza a diretora-geral da Unicef.

Catherine Russell alerta ainda para o perigo do tráfico e exploração que as crianças desacompanhadas enfrentam.

“É uma triste realidade que corre o risco de ter consequências duradouras para as próximas gerações. A segurança das crianças, o seu bem-estar e o acesso aos serviços essenciais estão ameaçados por uma violência horrível e ininterrupta”, diz a responsável.

De acordo com os dados publicados na quarta-feira pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, pelo menos 81 crianças morreram na guerra e 108 ficaram feridas, admitindo-se que os números possam ser inferiores à realidade.

A ofensiva militar lançada na madrugada de 24 de março pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de dez milhões de pessoas, mais de 3,6 milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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