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Zelensky pergunta a Israel: "Porque é que não impuseram sanções poderosas à Rússia?"

20 mar, 2022 - 17:31 • Redação

Presidente ucraniano diz que no parlamento israelita que não é possível fazer mediação entre o bem e o mal e cita a ex-primeira ministra de Israel, Golda Meir. "Nós queremos viver, os nossos vizinhos querem nos ver mortos, e eles não nos dão muito espaço para concessões.'"

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O presidente Zelensky discursou na tarde deste domingo para o parlamento de Israel, numa comunicação através de vÍdeo: "Vocês podem ser um intermediário entre países, mas não podem ser um intermediário entre o bem e o mal".

Ao Knesset, Zelensky alegou que a invasão russa está a ser justificada como uma "solução final" para as preocupações de segurança de Moscovo, estando o Kremlin a usar o mesmo termo que Hitler utilizou para os planos nazis de exterminar judeus.

"Todos sabem que os vossos sistemas de defesa antimísseis são os melhores", disse o presidente ucraniano ao Knesset, repetindo o pedido para que Israel forneça equipamentos militares e apoio ao país.

"É sabido que vocês podem defender os vossos interesses nacionais. Podem-nos ajudar a proteger as nossas vidas, as vidas dos ucranianos e dos judeus que vivem na Ucrânia”, identificou.

Zelensky perguntou aos deputados israelitas qual a razão pela qual “não pode a Ucrânia receber armas de Israel”.

“Porque é que não impuseram sanções poderosas à Rússia?”, perguntou ainda.

Zelensky disse que os ucranianos enfrentam um desafio parecido com o dos isarelitas. "A possível destruição total do povo, do estado, da cultura e até do nome do seu próprio país, a Ucrânia”, lamenta.

O presidente ucranaino traçou também um paralelismo entre a fundação do partido nacional socialista na Alemanha, a génese do império nazi, e a invasão russa. Ambos aconteceram a 24 de fevereiro com 102 anos de diferença, mas Zelensky teme que se nada for feito tenham consequências similares,

No início da comunicação ao Knesset, Zelensky parafrasou a ex-primeira-ministra israelita Golda Meir.

"Nós queremos viver, os nossos vizinhos querem nos ver mortos, e eles não nos dão muito espaço para concessões.'"

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