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Ucrânia: Autoridades receiam elevado número de vítimas em ataque russo a quartel

19 mar, 2022 - 13:10 • Lusa

Cerca de 200 soldados estariam no quartel no momento do ataque.

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As autoridades ucranianas estavam este sábado a procurar eventuais vítimas nos escombros de um quartel no sul da Ucrânia que foi completamente destruído por um ataque russo, suscitando receios de um elevado número de mortos.

O quartel situa-se a norte da cidade de Mykolayiv, junto ao Mar Negro, e foi atingido por seis mísseis disparados pelas forças russas na sexta-feira, segundo a agência francesa AFP.

As instalações militares ficaram totalmente destruídas e as autoridades ucranianas ainda não divulgaram qualquer informação sobre o número de vítimas, mas socorristas no local admitiram à AFP que poderão ser várias dezenas.

Cerca de 200 soldados estariam no quartel no momento do ataque, mas nenhuma autoridade militar precisou o número exato.

Os russos “cobardemente levaram a cabo ataques com mísseis contra soldados que estavam a dormir”, disse hoje o governador regional de Mykolayiv, Vitaly Kim, num vídeo publicado na rede social Facebook, citado pela agência francesa AFP.

“Ainda está a decorrer uma operação de resgate”, referiu.

Kim acrescentou que aguardava informações das forças armadas ucranianas sobre o número de vítimas.

Jornalistas da AFP viram três mortos no local, incluindo um corpo retalhado retirado dos escombros onde os socorristas estavam a trabalhar.

As equipas de socorro também conseguiram retirar pelo menos um sobrevivente.

"Ainda estamos a contar [os mortos], mas é impossível saber devido ao estado dos corpos", disse um socorrista à AFP.

O presidente da câmara de Mykolayiv, Oleksander Senkevych, citado pelos ‘media’ ucranianos, disse que a cidade tem sido bombardeada a partir da vizinha Kherson, controlada pelas forças russas.

A cidade de Mykolayiv tinha quase meio milhão de habitantes antes da guerra, que entrou hoje no 24.º dia de combates.

“O bombardeamento está a acontecer demasiado depressa para que o possamos detetar e acionar o sistema de alarme”, disse o autarca, citado pelo ‘site’ de notícias Ukrainska Pravda.

A região de Mykolayiv tem sido o cenário de violentos combates e bombardeamentos por ser o último obstáculo para as forças russas antes da grande cidade portuária de Odessa.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, mas tem enfrentado uma forte resistência por parte dos ucranianos.

A guerra provocou um número ainda por determinar de baixas civis e militares.

A ONU confirmou a morte de 816 civis até quinta-feira, incluindo 59 crianças, mas tem alertado que os números reais “são consideravelmente mais elevados”.

A guerra na Ucrânia também provocou mais de 3,2 milhões de refugiados, na pior crise do género na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e impôs sanções económicas e políticas a Moscovo.

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