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UE aprova novas sanções contra a Rússia, que abrangem Abramovich

15 mar, 2022 - 08:33 • Carla Caixinha com agências

As negociações entre a Ucrânia e a Rússia são retomadas esta terça-feira, após uma “pausa técnica”. Kiev exige um cessar-fogo a Moscovo e a retirada de todas as tropas russas do território ucraniano, invadido pela Rússia a 24 de fevereiro.

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A União Europeia avançou com um quarto pacote de sanções à Rússia que inclui multimilionário Roman Abramovich.

Na sequência do Conselho Europeu informal em Versailles, os 27 chegaram a acordo para um novo pacote de sanções contra o Governo de Moscovo. Esta ronda de sanções inclui Abramovich, o qual tem passaporte português.

O Conselho da UE decidiu proibir todas as transações com certas empresas controladas pelo Estado russo; proibir serviços de agências de rating às entidades russas, o que contribui para as excluir dos mercados financeiros europeus; expandir a lista de pessoas ligadas à base industrial e de defesa da Rússia, sobre as quais incidem restrições sobre as exportações de bens e tecnologia (traduz-se em 3,3 mil milhões de euros de receita perdida pela Rússia); proibir a realização de novos investimentos no setor energético da Rússia, e ainda introduzir restrições nas exportações de equipamento, tecnologia e serviços, incluindo ferro, aço e bens luxuosos.

Foram ainda decididas sanções a oligarcas, lobistas e propagandistas que defendem a narrativa do Kremlin sobre a situação na Ucrânia, assim como empresas chave da aviação, do setor militar, da construção de navios e da construção de máquinas.

O Conselho deu também a luz verde à Comissão Europeia para juntar-se à posição conjunta de vários países na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a Rússia, o que inclui o congelamento das conversações de acesso à OMC por parte da Bielorrússia.

A presidente da Comissão Europeia congratulou-se com a aplicação do quarto pacote de sanções à Rússia. Através do Twitter, Ursula von der Leyen afirmou que "isto vai afetar a capacidade de Putin para financiar uma guerra injustificada".

A responsável disse ainda que os membros da União Europeia e os seus parceiros vão continuar a pressionar o Kremlin até que a invasão pare.

Sanções de Londres visam oligarcas

O Reino Unido proibiu a exportação de bens de luxo para a Rússia e aumentou as taxas de importação do país. A vodca russa é um dos produtos icónicos afetados pelos aumentos.

Entre os bens de luxo mais exportados para a Rússia, e que agora vão deixar de atravessar o continente, estão veículos, moda e arte.

“A proibição de exportação entrará em vigor em breve e garantirá que os oligarcas e outros membros da elite, que enriqueceram sob o reinado do presidente Putin e apoiam a invasão ilegal, sejam privados de acesso a bens de luxo”, lê-se no comunicado oficial.

Quanto à taxa de importação, o aumento será de 35 pontos percentuais e vai atingir produtos que têm um valor de 900 milhões de libras (mil milhões de euros) como a vodca russa, metais, fertilizantes, entre outros.

O Reino Unido vai ainda negar à Rússia e à Bielorrússia o acesso à “tarifa de nação mais favorecida” para centenas das suas exportações, privando ambas as nações dos principais benefícios da adesão à Organização Mundial do Comércio.

Esta terça-feira, três primeiros-ministros europeus, da República Checa, da Polónia e da Eslovénia, são esperados em Kiev para um encontro com o Presidente Zelensky, na qualidade de representantes dos líderes da UE.
O propósito desta visita é confirmar o apoio inequívoco de toda a União Europeia à soberania e independência da Ucrânia e dos ucranianos.
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