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União Europeia quer garantir que Ucrânia não fica sem eletricidade e gás

03 mar, 2022 - 19:49 • Sandra Afonso

O plano está a ser coordenado com todos os estados-membros, disse hoje no Parlamento Europeu a comissária Kadri Simson.

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Os ministros da Energia dos estados-membros receberam na quarta-feira informação da Comissária da Indústria sobre o aprovisionamento urgente da Ucrânia. O objetivo é de que Ucrânia não fique sem energia.

“Estamos a enfrentar uma guerra em grande escala no continente europeu. Uma guerra contra um parceiro da União. A Comissão está a trabalhar ativamente para garantir que a Ucrânia possa manter um aprovisionamento estável de eletricidade e gás apesar da guerra”, explica a comissária Kadri Simson.

Algumas regiões da Ucrânia já não têm acesso a eletricidade ou gás, mas “tanto as infraestruturas elétricas como as de gás continuam a operar”, assegura Kadri Simson.

Defende ainda que nesta altura é essencial discutir o prolongamento para o próximo inverno da circulação de gás entre a Ucrânia e a Hungria e Eslováquia. Outro ponto crucial é a sincronização da distribuição de eletricidade com a rede europeia, “um projeto estratégico para a diversificação energética da Ucrânia e a sua autonomia da Rússia”.

Segundo a comissária, a Ucrânia decidiu não voltar a ligar a rede de energia à Rússia. É o momento de avançar, durante o Conselho de Energia de segunda-feira, “muitos estados-membros apelaram também a uma assistência imediata à Ucrânia”.

A comissária garante ainda que está a acompanhar de perto a segurança ao nível nuclear.

O mercado europeu

A comissária admite que esta crise vai ter impacto no mercado de energia europeu e na segurança do abastecimento.

As sanções aprovadas, em coordenação com outros países, “não visam diretamente a negociação de bens energéticos, mas incluem ações contra a exportação de tecnologias específicas de refinação”, diz Kadri Simson.

Isto vai “tornar mais caro e difícil à Rússia atualizar as respetivas refinarias. São tecnologias construídas na Europa e não são facilmente substituídas por outros fornecedores mundiais”.

Este ataque terá ainda consequências no preço. Em resposta a esta situação, já estão a ser preparadas medidas, para curto e médio prazo, que serão apresentadas na próxima semana.

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