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Dono do Minipreço afirma que oligarca russo Fridman não controla os seus supermercados

01 mar, 2022 - 23:42 • Lusa

Numa carta aos empregados do seu fundo Letterone, publicada no domingo pelo Financial Times, Fridman tornou-se o primeiro oligarca russo a denunciar a guerra na Ucrânia como "uma tragédia".

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A cadeia de supermercados espanhola Dia, dona do Minipreço em Portugal, controlada pelo fundo de investimento do russo Mikhail Fridman, assegura que "não é afetada de forma alguma" pelas sanções da União Europeia (UE).

Numa informação enviada durante a noite ao regulador do mercado de capitais espanhol no âmbito das medidas restritivas da UE em resposta à invasão militar da Ucrânia pela Rússia é sublinhado que o grupo Dia não é controlado por Mikhail Fridman, apesar de este estar na lista negra de pessoas próximas de Vladimir Putin que são visadas por estas sanções.

A nota explica que a cadeia de supermercados é controlada pelo fundo Letterone, que o magnata russo fundou, insistindo-se que não tem o controlo direto do fundo.

A União Europeia publicou na segunda-feira uma lista negra de personalidades consideradas próximas do Presidente russo e sancionadas por um congelamento dos seus bens e uma proibição da sua permanência na UE, devido à guerra de Moscovo contra a Ucrânia.

Numa carta aos empregados do seu fundo Letterone, publicada no domingo pelo Financial Times, Fridman tornou-se o primeiro oligarca russo a denunciar a guerra na Ucrânia como "uma tragédia".

"Esta crise vai custar vidas e devastar as duas nações que foram irmãs durante centenas de anos", escreveu, acrescentando que queria ver o fim do "derramamento de sangue".

Nascido em abril de 1964 numa família judia na cidade ucraniana de Lviv e licenciado numa universidade técnica de Moscovo, Mikhail Fridman tornou-se desde o fim da URSS num dos homens mais ricos do mundo, dirigindo um império que vai do petróleo e gás à banca, telecomunicações e comércio a retalho.

O seu fundo Letterone comprou a Dia em maio de 2019 através de uma oferta pública de aquisição, detendo 77,7% do capital da cadeia de supermercados.

O grupo - com quase 6.000 lojas em Espanha, Portugal, Argentina e Brasil - teve um volume de negócios de 6,64 mil milhões de euros no ano passado e um prejuízo de 257,3 milhões de euros, de acordo com os resultados anuais.

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  • Joao
    02 mar, 2022 Lisboa 11:11
    De mim não levam nem mais 1 euro.

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