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EUA sancionam cidadãos bielorrussos envolvidos na repressão a dissidentes

04 fev, 2022 - 09:35 • Redação com Lusa

O caso da atleta Krystsina Tsimanouskaya despertou o mundo para a forma de operar de Lukashenko. Tsimanouskaya continua exilada na Polónia.

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Os Estados Unidos anunciaram que vão "impor restrições de vistos" a vários cidadãos bielorrussos pelo "seu envolvimento na grave repressão da dissidência no estrangeiro", citando o caso da atleta Krystsina Tsimanouskaya.

A velocista tinha sido ameaçada de repatriação forçada para a Bielorrússia, dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2021, depois de ter criticado as autoridades desportivas do seu país.
“Somos solidários com a Sra. Tsimanouskaya e com todos aqueles que viveram as tentativas do regime para silenciar as críticas”, lê-se no comunicado emitido pelo Departamento de Estado, que não especifica as identidades dos visados pelas sanções.

A reeleição de Alexander Lukashenko para a presidência da Bielorrússia em agosto de 2020 desencadeou um movimento histórico de protesto nesta antiga república soviética, que foi violentamente reprimido pelas autoridades, que efetuaram detenções em massa e liquidaram os meios de comunicação e as ONG.

“Os Estados Unidos reafirmam o seu apoio ao povo da Bielorrússia, e mais uma vez apela ao regime de Lukashenko para que ponha fim à sua repressão contra membros da sociedade civil, meios de comunicação independentes, oposição política, atletas, estudantes, profissionais do direito, e outros bielorussos”, sublinha o Departamento de Estado.

Krystsina Tsimanouskaya, especialista de 100m e 200m, afirmou em agosto de 2021 que tinha escapado de ser repatriada à força para a Bielorrússia, poucos dias depois de ter criticado abertamente a federação de atletismo nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Temendo que seria presa se regressasse à Bielorrússia, obteve ajuda do Comité Olímpico Internacional e proteção policial quando se encontrava no aeroporto.

Krystsina Tsimanouskaya, de 24 anos, refugiou-se então durante duas noites na embaixada polaca na capital japonesa antes de regressar à Polónia, que lhe concedeu um visto humanitário.

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