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Golpe falhado na Guiné-Bissau. "Um atentado à democracia", acusa Presidente Embaló

01 fev, 2022 - 20:53 • Lusa

Presidente guineense diz ter-se tratado de um "ato bem preparado e organizado e que poderá também estar relacionado com gente relacionada com o tráfico de droga". Há detidos e vítimas mortais, mas as autoridades não avançam com números.

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O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, agradeceu às forças de defesa e segurança do país por terem impedido um golpe de Estado, que constituiu um "atentado à democracia".

"As forças de defesa e segurança conseguiram impedir este atentado à democracia", afirmou Umaro Sissoco Embaló, em declarações aos jornalistas, ao lado do primeiro-ministro, do vice-primeiro-ministro e da ministra da Justiça.

Foi um "ato bem preparado e organizado e que poderá também estar relacionado com gente relacionada com o tráfico de droga", afirmou Sissoco Embaló, acrescentando que há pessoas detidas e vítimas mortais, sem precisar números.

O ataque ao palácio do Governo, onde decorria o Conselho de Ministros teve fogo cruzado durante cinco horas, explicou o Presidente.

"A Guiné-Bissau não merece isto", disse Embaló, rejeitando qualquer responsabilidade: "Sou um homem de paz, contra a violência".

Sissoco Embaló disse que já falou com o secretário-geral da ONU e pediu calma aos guineenses, assegurando que a situação está controlada.

"Peço à população para estar serena", disse.

Vários tiros foram ouvidos esta segunda-feira perto da hora de almoço junto ao Palácio do Governo da Guiné-Bissau onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam.

Entretanto, segundo fonte governamental, militares entraram cerca das 17h20 no palácio do Governo e ordenaram a saída dos governantes que estavam no edifício.

A tentativa de golpe de Estado já foi condenada pela União Africana, pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e por Portugal.

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