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Andreas Breivik não terá liberdade condicional

01 fev, 2022 - 20:21 • Reuters

Tribunal norueguês rejeita pretensão do assassino em série que matou 77 pessoas em 2011.

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Um tribunal norueguês rejeitou o pedido de liberdade condicional do assassino em série Anders Behring Breivik, numa decisão anunciada esta terça-feira, ordenando que permaneça na prisão.

Breivik, um neonazi antimuçulmano, matou 77 pessoas num dos piores ataques de que há memória na Noruega, em julho de 2011. Matou oito pessoas com um carro-bomba em Oslo e depois abateu 69, a maioria adolescentes, num acampamento juvenil do Partido Trabalhista.

No primeiro dia da audiência para obter a liberdade condicional no mês passado, Breivik fez um sinal de supremacia branca com os dedos, antes de levantar o braço direito para a saudação nazi de forma a reafirmar a ideologia de extrema-direita ao entrar no tribunal.

"O risco de violência é real e significativo e igual ao que era quando (Breivik) foi condenado pela primeira vez", disse o tribunal distrital de Telemark no veredicto final.

Breivik, de 42 anos, está a cumprir a pena máxima da Noruega, de 21 anos, que pode ser estendida indefinidamente se ele for considerado uma ameaça continua à sociedade. Compareceu ao tribunal com a cabeça raspada.

O assassino em série era elegível para pedir liberdade condicional depois de cumprir os primeiros 10 anos da pena e tem o direito de solicitar a libertação um ano depois de cada rejeição.

Breivik, numa declaração conhecida no mês passado, diz que sofreu uma lavagem cerebral e culpou a radicalização online feita por extremistas de direita pelos seus crimes.

Disse que continuaria a lutar pela supremacia branca, mas agora através de meios pacíficos.

O tribunal disse que Breivik não pode ser levado a sério quando disse que não cometeria mais atos de violência.

"As garantias declaradas e a palavra de honra dele têm pouco valor, mesmo que queira dizer o que diz no momento em que o diz", escreveram os juízes.

Com base nas conclusões do tribunal, é improvável que Breivik, neste momento, seja capaz de se ajustar à vida fora da prisão, e o risco de reincidência é significativo, acrescentaram os juízes.

Durante o julgamento, o tribunal ouviu o testemunho do psiquiatra do serviço penitenciário Randi Rosenqvist, que disse que Breivik continua tão propenso a cometer atos de violência hoje quanto há uma década.

Breivik pretende recorrer da decisão do tribunal, disse o advogado Oeystein Storrvik à Reuters.

"Ele disse imediatamente que quer recorrer ", disse Storrvik.

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