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Cazaquistão. Presidente pede ajuda de Moscovo e seus aliados contra "terroristas"

05 jan, 2022 - 22:47 • Lusa

O Cazaquistão é desde 2 de janeiro palco de protestos em várias cidades, que foram ganhando intensidade até se transformarem em violentos distúrbios. Pelo menos oito membros da polícia e do exército foram mortos nos motins.

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O Presidente do Cazaquistão, Kassym-Yomart Tokaïev, pediu, esta quarta-feira, a ajuda da Rússia e dos seus aliados para reprimir os tumultos em curso no seu país, obra, segundo ele, de "terroristas" treinados no estrangeiro.

"Pedi hoje aos chefes dos Estados da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC) para ajudarem o Cazaquistão a vencer a ameaça terrorista", declarou na televisão estatal, acrescentando que "gangues terroristas" que "receberam treino intensivo no estrangeiro" estão à frente dos protestos.

O Cazaquistão é desde 2 de janeiro palco de protestos em várias cidades, que foram ganhando intensidade até se transformarem em violentos distúrbios que culminaram esta quarta-feira na ocupação de vários edifícios governamentais e do aeroporto da cidade de Almaty e em mais de 500 feridos.

A contestação popular foi desencadeada pelo aumento dos preços do gás liquefeito, um dos combustíveis mais utilizados nos transportes do país, de 60 tengues por litro (0,12 euros) para o dobro, 120 tengues (0,24 euros).

Pelo menos oito membros da polícia e do exército foram mortos nos motins que abalam o Cazaquistão há vários dias, indicou o Ministério do Interior, citado pela imprensa local.

Segundo a mesma fonte, 317 membros da polícia e da Guarda Nacional foram feridos "pela multidão em fúria".

O chefe de Estado decretou esta quarta-feira o estado de emergência em todo o território do país, depois de anteriormente o ter decretado apenas nas principais cidades onde decorrem os tumultos -- a atual capital, Nursultan, e a antiga, Almaty - e alertou de que tomará medidas severas contra os manifestantes violentos, após assumir a presidência do Conselho de Segurança do país.

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