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Mulher que enganou Silicon Valley condenada por fraude

04 jan, 2022 - 15:08 • Redação

Prometeu ter criado um teste ao sangue que detetava doenças como o cancro, mas era tudo mentira. Elizabeth Holmes que chegou a ser comparada a Steve Jobs e a sua Theranos conheceram a primeira condenação.

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A fundadora da Theranos, Elizabeth Holmes, foi condenada por fraude aos investidores num julgamento histórico que durou meses, na Califórnia, Estados Unidos da América.

Os procuradores disseram que Holmes mentiu conscientemente sobre a tecnologia que disse ter criado e que, alegava, poderia detetar doenças, entre as quais cancro e diabetes, apenas com recurso algumas gotas de sangue.

Os jurados consideraram Holmes culpada de conspiração por cometer fraude contra os investidores e ainda de outras três acusações de fraude eletrónica.

Durante o julgamento, a acusada negou as acusações, que acarretam uma pena máxima de prisão de 20 anos cada.

Ao chamar cerca de 30 testemunhas, a procuradoria procurou provar que Holmes sabia que o produto que estava a vender aos investidores - uma máquina chamada Edison - era uma farsa, mas insistiu no sucesso da empresa.

Holmes não foi levada sob custódia e não há data confirmada para a sentença. Foi marcada uma nova audiência para a próxima semana.

Os jornalistas que estiveram a assistir à audiência disseram que a mulher, de 37 anos, que foi mãe pela primeira vez no ano passado, mostrou pouca emoção quando o veredicto foi lido e abraçou o marido, Billy Evans, e os pais, antes de sair do tribunal.

Holmes enfrentou 11 acusações, no total, e foi considerada inocente de quatro relacionadas com fraude ao público.

A decisão chegou depois de o juiz dizer que o júri, após deliberar durante sete dias, poderia entregar um veredicto parcial. Os jurados não conseguiram chegar a um consenso sobre outras três acusações.

As três acusações de fraude eletrónica de que foi considerada culpada estavam ligadas a investidores específicos da Theranos.

Elizabeth Holmes era uma estrela em ascenção em Silicon Valley. A rapariga que abandonou a licenciatura em Stanford para criar uma start-up, com 19 anos, era um nome que já todos conheciam na Meca do empreendorismo.

Rapidamente, Elizabeth, o rosto da nova tecnologia, estava a ser comparada a Steve Jobs, até porque era frequente vê-la de cabelo apanhado e blusas pretas de gola alta, tal como o homem que idolatrava.

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