03 jan, 2022 - 07:02 • Redação com Lusa
Foi detido o suspeito de provocar um incêndio no parlamento sul africano, na cidade do Cabo. De acordo com as autoridades, o homem, de 51 anos, enfrenta acusações de incêndio criminoso, invasão de propriedade e roubo e deverá comparecer amanhã em tribunal.
"Posso confirmar que um homem de 51 anos foi detido para interrogatório sobre o incêndio de hoje na Assembleia Nacional", disse o porta-voz da polícia, Vish Naidoo, aos meios de comunicação locais.
O fogo, que ainda não foi dado como extinto, deixou a Câmara dos Deputados totalmente destruída. Até ao momento, não há relato de vítimas.
As autoridades acreditam que o incêndio começou no prédio mais antigo do complexo (a "Antiga Assembleia"), cuja construção terminou em 1884, e se espalhou para o setor que abriga a Assembleia Nacional, a câmara baixa do Parlamento sul-africano.
De acordo com Jermaine Carelse, porta-voz do Serviço de Bombeiros e Resgate da Cidade do Cabo, as equipas de emergência foram notificadas do incêndio por volta das 6h00, horário local (4h00 em Lisboa).
O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, visitou o local para avaliar os danos.
"É um acontecimento devastador e terrível", declarou Ramaphosa, referindo ainda que ocorreu justamente um dia depois do funeral de Estado do arcebispo emérito Desmond Tutu, que morreu em 26 de dezembro.
De acordo com o chefe de segurança da Câmara Municipal da Cidade do Cabo, Jean-Pierre Smith, "todo o edifício [do Parlamento] sofreu grandes danos devido à fumaça e água".
O telhado da secção mais antiga do complexo "desabou", de acordo com Smith, e o incêndio também destruiu o terceiro andar deste edifício, incluindo os escritórios e o ginásio.
A Cidade do Cabo já viveu outro incêndio traumático em abril, quando a famosa Table Mountain, montanha que faz parte do parque nacional de mesmo nome, foi atingida pelo fogo.