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Madagáscar

Ministro nada 12 horas e sobrevive a queda de helicóptero

22 dez, 2021 - 14:43 • Maria João Costa

“Não chegou a minha hora de morrer”, disse quando chegou a terra firme. Serge Gelle participava numa operação de busca e salvamento quando o aparelho se despenhou. O acidente fez um morto e um desaparecido.

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Serge Gelle é o ministro da Polícia de Madagáscar. Sobreviveu à queda de um helicóptero, na segunda-feira, no qual seguia para inspecionar a zona de um naufrágio que provocou 64 mortos e 20 desaparecidos. Nadou 12 horas até estar a salvo.

“Não chegou a minha hora de morrer”, afirmou. O general é um dos dois militares sobreviventes da queda do helicóptero, que provocou a morte do piloto e desaparecimento de outro militar.

Segundo as autoridades, Serge Gelle e o outro sobrevivente chegaram separadamente, na terça-feira de manhã, a terra firme, na cidade costeira de Mahambo. Os destroços do helicóptero já foram localizados.

Num vídeo partilhado no perfil do Twitter do Ministério da Defesa de Madagáscar, o general de 57 anos surge deitado numa espreguiçadeira, de camuflado vestido e com cara de exausto. Nadou durante a noite, desafiando a agitação marítima. Depois de chegar a terra, foi transportado para o hospital.


O acidente de helicóptero, cujas causas estão ainda por apurar, deu-se quando o aparelho sobrevoava a zona de um naufrágio na costa Norte de Madagáscar. O navio cargueiro “MS France” virou-se na segunda-feira à noite quando navegava na zona entre Antanambe e Soanierana Ivongo. A bordo seguiam 130 passageiros, 45 dos quais já resgatados com vida.

O último balanço da Agência Marítima e Portuária de Madagáscar aponta para 64 mortos e 20 desaparecidos. Este navio não tinha autorização para transportar passageiros, já que se trata de uma embarcação de carga e estava sobrelotado.

Há relatos de que a água começou a entrar na casa das máquinas. Segundo o diretor de operações marítimas da Agência Marítima de Madagáscar, o naufrágio deveu-se a uma falha do motor. Já o chefe da polícia da zona onde ocorreu o acidente refere que o navio estava a operar "clandestinamente", de acordo com relatos dos meios de comunicação locais.

Andry Rajoelina, o presidente de Madagáscar, usou as redes sociais para lamentar as vítimas do naufrágio e agradecer a "dedicação" de Serge Gellé e do outro militar que sobreviveram à queda do helicóptero. Na altura do acidente, noutro helicóptero militar seguiam o primeiro-ministro de Madagáscar, Christian Ntsay, e o ministro da Defesa.

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