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“Se está nesta chamada, está despedido”. CEO demite 900 pessoas por Zoom

07 dez, 2021 - 12:51 • Marta Grosso

“A última vez que fiz isto chorei, espero ser mais forte desta vez”, afirmou Vishal Garg, proprietário de uma empresa imobiliária norte-americana, antes de dar a má notícia.

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O CEO da Better.com, uma empresa norte-americana que diz querer ajudar os americanos a comprar casa, demitiu 900 trabalhadores numa reunião via Zoom.

No dia 1 de dezembro, Vishal Garg convidou os visados para a videochamada e depois explicou os motivos da decisão. O vídeo ficou gravado e tornou-se viral, conta a “Newsweek” e a CNN. Mudanças no mercado, eficiência, produtividade e desempenho foram os principais motivos apontados.

"Olá a todos, obrigado por participarem. Não vos venho trazer boas notícias. O mercado mudou, como sabem, e temos que seguir em frente para sobreviver para que, com sorte, possamos continuar a prosperar e cumprir nossa missão", começou por referir o CEO da Better.com.

"Esta não é uma notícia vão querer ouvir, mas, no final de contas, foi uma decisão minha e eu queria soubessem por mim. Foi uma decisão realmente desafiadora e é a segunda vez na minha carreira que estou a fazer isso e não quero fazer mais. Na última vez chorei, espero ser mais forte desta vez”, prosseguiu o administrador da entidade financeira dedicada ao imobiliário.

Vishal Garg explicou que estava a “demitir cerca de 15% da empresa" por uma série de razões: mercado, eficiência, desempenho e produtividade.

"Se estiver a participar nesta videochamada, faz parte do grupo que está a ser demitido. O seu trabalho será rescindido com efeito imediato”, anunciou por fim.

Alguns trabalhadores gravaram a reunião e publicaram nas redes sociais. Os vídeos já foram vistos mais de 300 mil vezes.

Funcionários “preguiçosos”

Terminada a videochamada, Vishal Garg reiterou a sua decisão numa publicação num blogue (Blind), onde classificou alguns trabalhadores de “preguiçosos”.

“Pelo menos 250 das pessoas demitidas trabalhavam em média duas horas por dia, mas registavam oito horas diárias a mais no sistema de folha de pagamento. Estavam a roubar de todos e dos nossos clientes, que pagam as contas que pagar nossas contas”, argumentou.

O anúncio das demissões aconteceu poucos dias depois de a empresa ter recebido uma injeção de dinheiro 750 milhões de dólares (cerca de 666 milhões de euros) e uma avaliação de sete mil milhões de dólares (6,2 mil milhões de euros), segundo a “Forbes”.

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