25 nov, 2021 - 09:07 • Olímpia Mairos com agências
Pelo menos 11 pessoas morreram e 48 estão desaparecidas depois de um incêndio ter deflagrado na quinta-feira numa mina de carvão na região de Kemerovo, na Sibéria, na Rússia.
Segundo a agência de notícias russa TASS, que cita um elemento das equipas de socorro, o pó do carvão incendiou-se e o fumo encheu rapidamente a mina Litsvyazhnaya através do sistema de ventilação.
Um total de 285 pessoas encontrava-se na mina na altura do incidente, 239 foram retiradas e 46 mineiros encontram-se ainda presos no subsolo, disse o governador de Kemerovo, Sergei Tsivilyov, através da aplicação de mensagens Telegram, segundo a agência noticiosa norte-americana Associated Press.
“Quarenta e três pessoas foram hospitalizadas com ferimentos, quatro delas em estado grave”, adiantou Tsivilyov.
O governo indicou ainda que 19 equipas de socorro participam nos esforços para resgatar os restantes mineiros.
As autoridades de Kemerovo referiram que o incidente ocorreu às 20h51 (1h51 em Lisboa), a 250 metros de profundidade.
O Comité de Investigação da Rússia lançou um inquérito sob acusação de violação das normas de segurança que resultaram em mortes.
A mina, que começou a operar em 1956, registou um acidente em outubro de 2004, quando uma explosão de metano matou 13 pessoas. Em 1981, outra explosão matou mais cinco trabalhadores, segundo a imprensa russa.
O acidente mais mortal dos últimos anos provocou 91 mortos e mais de 100 feridos em maio de 2010, na mina Raspadskaya, também na região de Kemerovo.
Os acidentes em minas na Rússia, como em outras partes da ex-União Soviética, são frequentemente relacionados com a falta de respeito pelas normas de segurança, má gestão ou deterioração das instalações.
[notícia atualizada às 11h30]