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COP26

Os mais ricos devem pagar a sua parte da crise climática, defendem especialistas

11 nov, 2021 - 20:25 • Lusa

Comissão Independente para a Reforma da Tributação Corporativa Internacional lembra que os 10% mais ricos da população mundial emitem cerca de 48% das emissões poluentes globais, enquanto 1% dos mais ricos produz 17% do total das emissões. A metade mais pobre da população mundial produz 12% das emissões globais.

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A Comissão Independente para a Reforma da Tributação Corporativa Internacional, um grupo de reflexão formado por economistas de vários países, exigiu esta quinta-feira que os mais ricos paguem a sua parte da crise climática.

"As multinacionais e os mais ricos da sociedade não estão a pagar a sua parte justa", acusa em comunicado, na véspera do encerramento da cimeira mundial do clima de Glasgow, no Reino Unido.

Segundo o grupo, que integra entre os seus membros a chilena Magdalena Sepúlveda, ex-relatora especial da ONU para a Pobreza Extrema, "o mapa mundial da poluição por carbono confunde-se perfeitamente com o das desigualdades económicas, dentro e entre países".

O grupo de reflexão salienta que os 10% mais ricos da população mundial emitem cerca de 48% das emissões poluentes globais, enquanto 1% dos mais ricos produz 17% do total das emissões. A metade mais pobre da população mundial produz 12% das emissões globais.

A Comissão Independente para a Reforma da Tributação Corporativa Internacional lembra que África é o continente que mais sofre com os efeitos das alterações climáticas apesar de produzir 4% das emissões mundiais de gases poluentes.

A 26.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26), que termina na sexta-feira na cidade escocesa de Glasgow, propõe-se atualizar os contributos dos países para a redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2030.

A COP26 decorre cerca de seis anos após o Acordo de Paris, que estabeleceu como meta limitar o aumento da temperatura média do planeta entre 1,5ºC e 2ºC acima dos valores da época pré-industrial.

Apesar dos compromissos assumidos, as concentrações de gases com efeito de estufa atingiram níveis recorde em 2020, mesmo com a desaceleração económica provocada pela pandemia da covid-19, segundo a ONU, que estima que ao atual ritmo de emissões as temperaturas serão no final do século superiores em 2,7ºC.

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