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"As mulheres são campeãs a lutar contra corrupção", diz Nancy Pelosi

11 out, 2021 - 11:42 • Lusa

A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, falava na reunião plenária da 67ª sessão anual da Assembleia Parlamentar da NATO, que decorre em Lisboa, depois de ter recebido o prémio "Women for Peace and Security Award" [Prémio Mulheres para a Paz e Segurança], atribuído pela primeira vez por esta Assembleia

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A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, considerou esta segunda-feira que "as mulheres são campeãs a lutar contra a corrupção", o que equivale a "fortalecer a democracia", alertando para a situação atual das mulheres no Afeganistão.

"As mulheres são grandes campeãs a lutar contra a corrupção onde quer que ela possa existir e lutar contra a corrupção é fortalecer a democracia", considerou no seu discurso, no qual algumas vezes se dirigiu ao primeiro-ministro, António Costa, e ao presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, que discursaram minutos antes.

A democrata Nancy Pelosi falava na reunião plenária da 67ª sessão anual da Assembleia Parlamentar da NATO, que decorre em Lisboa, depois de ter recebido o prémio "Women for Peace and Security Award" [Prémio Mulheres para a Paz e Segurança], atribuído pela primeira vez por esta Assembleia.

Nancy Pelosi considerou que a "NATO não é apenas uma aliança de segurança, é uma aliança de valores e há uma coesão construída à volta de valores", advertindo para regimes autocráticos que desafiam a democracia "em tantos sítios, assim como a corrupção" que frequentemente acompanha esses regimes.

"Um mundo de paz é fortalecido não apenas por segurança, mas é também sobre valores e governança e isso é tão importante", vincou.

A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos da América fez ainda referência à situação no Afeganistão, mais concretamente das mulheres - no qual o regime Talibã assumiu recentemente o poder com a saída das forças aliadas.

"Não podemos nunca esquecê-las e quero saudar a NATO, porque foi fundamental para que uma geração inteira, durante 20 anos, de mulheres e meninas que receberam educação que nunca teriam recebido sem a presença da NATO e aliados no Afeganistão. Não podemos deixar isso escapar, temos que manter o nosso foco lá e manter os nossos corações perto delas", salientou.

"Não é só sobre as mulheres, é sobre o que significa para o Afeganistão. Não é só sobre o que significa para o Afeganistão, é o que significa sobre segurança no mundo", sublinhou.

Nancy Pelosi confessou que muitas vezes lhe perguntam o que faria se liderasse o mundo e a presidente da Câmara dos Representantes norte-americana adiantou que se tal acontecesse priorizaria "a educação de mulheres e meninas" no mundo.

"Porque acreditamos genuinamente que quando as mulheres têm sucesso, a América é bem-sucedida, e todos os outros países têm sucesso e todos temos sucesso", declarou.

"Os tempos encontraram-nos para salvarmos a nossas democracias, para salvar o nosso planeta, para garantir que as bênçãos de liberdade e democracia estão lá num planeta intacto que deixamos para futuras gerações", rematou.

Na apresentação da galardoada, antes de discursar, o presidente da Assembleia Parlamentar da NATO, Gerald Connolly, salientou as "contribuições extraordinárias" de Nancy Pelosi "para a participação igualitária de mulheres e homens no campo da paz e segurança e na proteção de mulheres em situações complexas", salientando o compromisso desta Assembleia "na implementação e promoção da agenda Mulheres, Paz e Segurança".

De acordo com informações divulgadas pela Assembleia Parlamentar da NATO, este prémio surge no âmbito da adoção da Resolução 1325 do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre "Mulheres, Paz e Segurança".

A 67.ª Assembleia Parlamentar da NATO começou na sexta-feira e termina hoje, em Lisboa. A sessão anual contou durante quatro dias com a presença de elementos do Governo português, representantes oficiais da NATO, especialistas em assuntos de defesa, legisladores dos 30 Estados-membros da NATO e representantes de países terceiros da aliança, e órgãos parlamentares.

De acordo com o programa oficial, entre os temas em cima da mesa estiveram a agenda NATO 2030 e a revisão do Conceito Estratégico, "as lições retiradas do envolvimento da NATO no Afeganistão", a Rússia e China, a evolução da situação no Médio Oriente e no Norte de África, alterações climáticas e até "a resiliência democrática e a desinformação" ou a pandemia.

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