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Covid-19

AstraZeneca pede à FDA para autorizar tratamento inédito com anticorpos

05 out, 2021 - 18:41 • Lusa com redação

A autoridade norte-americana lembra que os fármacos com anticorpos não substituem a vacinação. O medicamento da AstraZeneca reduziu o risco de desenvolver covid-19 sintomático em 77%.

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A AstraZeneca, farmacêutica que desenvolveu uma das primeiras vacinas contra a covid-19, pediu à autoridade do medicamento norte-americana, Food and Drug Administration (FDA), uma autorização de emergência para um tratamento inédito com anticorpos para prevenir a doença.

A empresa anglo-sueca disse, esta terça-feira, que o tratamento, conhecido por AZD7442, seria a primeira combinação de anticorpos de longa ação a receber uma autorização de emergência para prevenção da covid-19.

Se for autorizado, o medicamento provavelmente será limitado a pessoas com sistema imunológico comprometido que não receberam proteção suficiente com a vacinação.

A FDA já autorizou três outros medicamentos com anticorpos, incluindo dois que podem ser administrados para prevenir o surgimento de sintomas após uma possível exposição à covid-19.

O medicamento da AstraZeneca seria administrado como medida preventiva em pessoas com vulnerabilidade aumentada ao coronavírus.

A autoridade norte-americana enfatizou que os medicamentos com anticorpos não substituem a vacinação, que é a forma mais eficaz e duradoura de proteção contra o vírus.

Os medicamentos com anticorpos também são caros para produzir e requerem uma injeção intravenosa e profissionais de saúde para administrar.

Ensaios em humanos em estágio final mostraram que o medicamento de anticorpos da AstraZeneca reduziu o risco de desenvolver covid-19 sintomático em 77%.

Mais de três quartos dos participantes tinham o sistema imunológico deprimido e outras condições que os tornavam mais suscetíveis a doenças graves.

“Pessoas vulneráveis, como as imunodeprimidas, muitas vezes não têm capacidade para criar uma resposta protetora após a vacinação e continuam a correr o risco de desenvolver covid-19”, disse Mene Pangalos, vice-presidente executivo de pesquisa farmacêutica da AstraZeneca, em comunicado.

“Com este primeiro pedido regulatório global, estamos um passo mais perto de fornecer uma opção adicional para ajudar a proteger contra a covid-19, juntamente com as vacinas”, sublinhou.

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