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Covid-19. Documentos confirmam que EUA financiou investigações na China

20 set, 2021 - 17:29 • Hugo Monteiro com Redação

São cerca de 900 páginas de relatórios laboratoriais que mostram que, entre 2014 e 2019, e em ambiente laboratorial, entidades chinesas e norte-americanas manipularam amostras de coronavírus recolhidas em morcegos. À Renascença, Miguel Castanho pensa que ligação dos projetos com o início da pandemia, "não é plausível".

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O jornal "The Intercept" revelou documentos que confirmam que os Estados Unidos financiaram investigações científicas, na China, que incluíam a recolha de milhares de amostras de coronavírus em morcegos.

São projetos de investigação que decorreram em Wuhan - a zona do globo na qual teve início a pandemia da Covid-19.

Projetos nos quais os EUA terão investido mais de 3 milhões de dolares e que serviriam para estudar, precisamente, os novos coronavírus.

São cerca de 900 páginas de relatórios laboratoriais que, de acordo com o "The Intercept", mostram que, entre 2014 e 2019, e em ambiente laboratorial, entidades chinesas e norte-americanas manipularam amostras de coronavírus recolhidas em morcegos.

O trabalho dos cientistas incluía a recolha de amostras em grutas onde existiam grandes comunidades de morcegos e onde seria elevado o risco de contaminação.

Estas são informações que estão a ser usadas pelos defensores da tese de que a pandemia teve início numa fuga laboratorial.

Dizem que cada vez mais é evidente que o vírus foi, como que "fabricado" e que, tendo escapado de um laboratório em Wuhan, acabou por gerar a cadeia de infeções que esteve na origem da pandemia.

À Renascença, Miguel Castanho, do Instituto de Medicina Molecular, considera que estes projetos "são absolutamente normais".

"Os EUA felizmente apoiam muito a investigação científica e em parceria com outros países", explica.

Questionado se os documentos destas investigações são suficientes para associar ao início da pandemia da Covid-19, Miguel Castanho acredita que "é possível, em teoria, mas não é plausível".

"É bom que se faça uma auditoria independente e que haja uma análise destes documentos. De qualquer maneira, não me parece que a origem da pandemia esteja aí", conclui.

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