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Afeganistão

Igreja Católica disponível para acolher refugiados afegãos

21 ago, 2021 - 13:11 • Lusa

O bispo de Santarém afirmou que, "com o apoio da Cáritas e o envolvimento da Conferência Episcopal" a Igreja fará o que puder "para auxiliar os que chegarem".

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O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, José Traquina, manifestou a disponibilidade da Igreja Católica portuguesa para ser envolvida no acolhimento de refugiados afegãos.

O bispo de Santarém, em declarações divulgadas este sábado pela agência Ecclesia, afirmou que, "com o apoio da Cáritas e o envolvimento da Conferência Episcopal" a Igreja fará o que puder "para auxiliar os que chegarem", embora sublinhe que a "verdadeira preocupação são os que estão lá [no Afeganistão]", pois desconhece-se "como vai ser o futuro daquele país".

Para o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, este é o momento de demonstrar solidariedade e disponibilidade para o diálogo.

"Desejamos que o diálogo seja a solução para a resolução dos problemas. Não são as armas ou as guerras", disse o bispo José Traquina.

Os talibãs conquistaram a capital do Afeganistão, Cabul, no domingo, culminando uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO do país.

As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no seu território o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

A tomada da capital põe fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e dos seus aliados na NATO, incluindo Portugal.

Depois da tomada do poder, as forças talibãs proclamaram o Emirado Islâmico, em Cabul, tendo afirmado desde o princípio da semana que não procuram exercer atos de vingança contra os antigos inimigos e que estão dispostos para "a reconciliação nacional".

Os talibãs já disseram que há "muitas diferenças" na forma de governar, em relação ao seu período anterior no poder, entre 1996 e 2001, quando impuseram uma interpretação da lei islâmica que impediu as mulheres de trabalhar ou estudar e que puniu criminosos de delito comum com punições severas como amputações ou execuções sumárias.

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