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Vacinação é a "chave" contra a Covid-19, insistem organismos europeus

05 ago, 2021 - 09:08 • Lusa

Agência Europeia do Medicamento e Centro de Prevenção e Controlo de Doenças lançam comunicado conjunto, no qual lembram que a vacinação "também é importante" para proteger as pessoas com maior risco de doenças graves.

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A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) apelam à vacinação, por ser a "chave" para a proteção contra a Covid-19, incluindo a variante Delta, e para evitar mortes.

Os dois organismos avisaram, num comunicado conjunto, que a vacinação completa com qualquer uma das vacinas aprovadas garante "um alto nível de proteção contra doenças graves e morte causadas pelo SARS CoV-2", incluindo variantes, como a Delta, com origem na Índia.

"Com o aumento da propagação da variante Delta do SARS CoV-2 na União Europeia (UE) e nos Estados do Espaço Económico Europeu (EEE), a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) recomendam a todos os que são elegíveis e que ainda não foram vacinados a completar o plano de vacinação recomendado (contra) a Covid-19", refere o comunicado.

A vacinação, frisam as duas instituições, "também é importante" para proteger as pessoas com maior risco de doenças graves, reduzindo a disseminação do vírus e prevenindo o surgimento de novas variantes.

"Embora as vacinas disponíveis sejam altamente eficazes na proteção de pessoas contra casos graves de Covid-19, até que uma grande parte da população esteja imunizada a situação vai continuar a estar "além de nós". Testemunhamos um número crescente de casos em toda a UE/EEE e as vacinas continuam a ser a melhor opção disponível para evitar um aumento de doenças graves e morte", disse Mike Catchpole, cientista do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças.

O comunicado frisa que, "à medida que as campanhas de vacinação ganham força na UE/EEE", pode ser aconselhável, em alguns casos, considerar a redução do intervalo entre a primeira e a segunda doses, dentro dos limites autorizados, especialmente para pessoas de risco e que não completaram o esquema de vacinação recomendado.

Enquanto o vírus circular, "haverá infeções em pessoas vacinadas"

Embora a eficácia de todas as vacinas contra a Covid-19 autorizadas na UE/EEE "seja muito elevada", referem, "nenhuma vacina é 100% eficaz".

"Assim, é esperado um número limitado de infeções por SARS CoV-2 entre as pessoas que completaram o esquema de vacinação recomendado. No entanto, quando ocorrem contágios, as vacinas podem prevenir doenças graves e reduzir significativamente o número de pessoas hospitalizadas", explicam os dois organismos europeus.

Fergus Sweeney, chefe dos departamento de Estudos Clínicos e Produção da EMA afirma que as vacinas contra a Covid-19 "são muito eficazes", mas avisa que, enquanto o vírus continuar a circular, "continuará a haver infeções em pessoas vacinadas".

"Isto não significa que as vacinas não estejam a funcionar. As pessoas vacinadas estão muito melhor protegidas contra situações graves de Covid-19 do que as pessoas que não estão vacinadas, e todos devemos esforçar-nos para ser totalmente vacinados na primeira oportunidade", refere Sweeney.

Máscara e regras são para manter

Deste modo, a EMA e o ECDC recomendam a vacinação completa contra a doença para todos os cidadãos elegíveis assim como devem ser mantidos o uso de máscaras de proteção sanitária e o respeito pelo distanciamento social, "mesmo entre os indivíduos que já receberam a vacinação completa".

A pandemia de Covid-19 já fez pelo menos 4.247.231 mortos em todo o mundo, entre mais de 200 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, desde que a OMS detetou a doença na China em finais de dezembro de 2019, segundo o balanço da AFP com base em dados oficiais.

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.412 pessoas e foram registados 977.406 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.

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