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União Europeia segue EUA e apela a transparência sobre a origem da Covid-19

10 jun, 2021 - 18:10 • Redação com agências

Rascunho da declaração conjunta como os EUA defende a necessidade de continuar a investigar a origem do SARS-CoV-2, depois do primeiro relatório da OMS ter sofrido interferências de Pequim.

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A União Europeia parece partilhar das dúvidas dos Estados Unidos relativamente à origem da pandemia de Covid-19.

Na véspera da reunião do G7, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen exigiu que seja autorizado o acesso de especialistas independentes a toda a informação sobre a origem do SARS-CoV-2.

"Está aí uma pandemia horrível. Uma pandemia global. Nós temos de saber de onde ela veio, para que possamos retirar as devidas lições, e para desenvolvermos os instrumentos adequados para nos assegurarmos que isto nunca mais acontecerá", defendeu.

"Os investigadores precisam de acesso total, a tudo o que for necessário, para encontrarem a origem desta pandemia", reivindicou a presidente da Comissão Europeia, advertindo que "dependendo disso, teremos de retirar conclusões", acrescentou Von der Leyen.

Há menos de duas semanas, o presidente norte-americano, Joe Bide, pediu aos serviços de informações norte-americanos para “redobrarem os esforços” para tentar explicar a origem do novo coronavírus e exigiu um relatório num prazo de 90 dias.

"Os Estados Unidos continuarão a trabalhar com os seus parceiros em todo o mundo para pressionar a China a participar numa investigação internacional completa, transparente e fundamentada em provas", acrescentou o chefe de Estado norte-americano, lamentando a atitude de Pequim em relação a este dossiê.

A teoria de que o novo coronavírus (SARS-CoV-2) pudesse ter saído de um laboratório chinês em Wuhan, onde o vírus foi detetado no final de 2019, foi afastada, em fevereiro passado, pela equipa internacional de peritos da Organização Mundial da Saúde (OMS) que esteve nesta cidade localizada na região centro da China.

A teoria voltou entretanto a estar no centro das atenções depois do jornal The Wall Street Journal ter publicado esta semana um relatório dos serviços de informações norte-americanos entregue ao Departamento de Estado, a que teve acesso, que revela que pelo menos três cientistas do Instituto de Virologia de Wuhan terão adoecido em novembro de 2019.

A China tem negado repetidamente que o vírus tenha escapado de um dos seus laboratórios, tendo acusado hoje Washington de disseminar teorias de "conspiração" sobre as origens da pandemia.

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