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Cabo Verde

Presidente de Cabo Verde quer “prioridade máxima” no combate à Covid-19

20 mai, 2021 - 21:40 • Lusa

O novo Governo de Cabo Verde tomou posse esta quinta-feira.

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O Presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, pediu esta quinta-feira ao novo Governo empossado para continuar a dar "prioridade máxima" ao combate à Covid-19 e incentivou o executivo a conseguir o maior número possível de vacinas junto de parceiros.

"As perspetivas futuras dependem do combate à pandemia da Covid-19. Todas as energias têm de ser canalizadas para debelar essa doença que nos faz sofrer, nos empobrece, infelicita e ameaça a nossa economia, estabilidade e coesão social. Ao combate à Covid-19 é necessário continuar a conceder prioridade máxima", pediu Carlos Fonseca.

O chefe de Estado cabo-verdiano, que discursava na cidade da Praia na tomada de posse do novo Governo, voltou a apelar à adesão às práticas preventivas pelo maior número possível de pessoas, mas também considerou ser "crucial" a adoção de medidas de responsabilização de quem teima em ignorar os procedimentos necessários ao combate da infeção.

"Simultaneamente, a situação das famílias mais desfavorecidas deve merecer toda a atenção, acontecendo o mesmo com os trabalhadores e as empresas em dificuldades", sugeriu ainda Jorge Carlos Fonseca.

Relativamente à vacinação, o Presidente da República entendeu ser um dos maiores e importantes desafios a enfrentar e incentivou as autoridades a prosseguirem esforços junto dos diferentes parceiros para que o acesso às vacinas seja o mais amplo possível.

Cabo Verde chegou hoje a um acumulado de 28.898 casos positivos desde o início da pandemia no país, em 19 de março de 2020, dos quais resultaram 253 óbitos, 26.116 recuperações e há ainda a contabilizar 2.512 casos ativos.

No seu discurso, o chefe de Estado cabo-verdiano entendeu que o sistema de saúde deve continuar a merecer "atenção privilegiada" do Governo, num processo que reconheceu exigir avultados recursos, instando por isso a recorrer à cooperação internacional.

Jorge Carlos Fonseca pediu também ao novo Governo saído das eleições de 18 de abril para intensificar os esforços nos transportes, para que todos possam ter condições para se deslocar em segurança, conforto e previsibilidade.

"Não obstante os seus elevados custos é imperioso que equacionemos a problemática do transporte em situações de emergência, derivadas de problemas de saúde, acidentes, catástrofe ou outras", salientou.

Para o mais alto magistrado da nação, outra prioridade do Governo deve ser dada à modernização da atividade agrícola e aceso à água, o que considerou permitir desenvolver a indústria agroalimentar.

Também instou o novo executivo a dar centralidade às pessoas com menos de 35 anos, que representa quase 70% da população cabo-verdiana, mas também a apostar numa educação de qualidade, na economia azul e intensificar o diálogo com as comunidades no exterior.

"Queremos crer que a auspiciosa criação de um Ministério das Comunidades, que invariavelmente tenho advogado, poderá constituir um relevante instrumento no sentido de obtenção de um tal desiderato", sublinhou.

Ulisses Correia e Silva formou Governo após ter sido o nome proposto para ser primeiro-ministro pelo Movimento para a Democracia (MpD), partido que venceu as eleições legislativas do mês passado, em que foram escolhidos os 72 deputados nacionais.

O novo Governo contará, além do primeiro-ministro, com 18 ministros (incluindo um vice-primeiro e dois ministros de Estado) e nove secretários de Estado, contra os 15 ministros e quatro secretários de Estado que, também com Ulisses Correia e Silva, iniciaram a legislatura anterior, em abril de 2016, com o número de mulheres a subir de quatro para nove.

O novo elenco mantém Olavo Correia como vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças e do Fomento Empresarial e Fernando Elísio Freire como ministro de Estado, da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social.

A quarta figura da hierarquia governativa passa a ser Janine Lélis (anterior ministra da Justiça e do Trabalho), promovida a ministra de Estado, além de assumir agora as pastas da Defesa e da Coesão Territorial.

Rui Alberto Figueiredo Soares mantém-se como ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional, na Administração Interna continua Paulo Rocha, na Educação mantém-se Amadeu Cruz e na Saúde Arlindo do Rosário, enquanto na Cultura e Indústrias Criativas segue Abraão Vicente, embora deixando de ter a tutela da Comunicação Social.

A tutela desta área "fica com o primeiro-ministro e terá o secretário de Estado adjunto, Lourenço Lopes, como elemento do Governo que fará as relações com a imprensa e com, nomeadamente, os órgãos de comunicação social do Estado", explicou Ulisses Correia e Silva na terça-feira.

A maior novidade do novo elenco governativo é Jorge Santos, que deixa o cargo de presidente da Assembleia Nacional para assumir as funções de ministro das Comunidades.

Para o Ministério da Justiça entra Joana Rosa (até agora líder parlamentar do MpD) e a ministra da Presidência do Conselho de Ministros passará a ser Filomena Gonçalves, enquanto para o Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública entra Edna Oliveira.

No Turismo e Transportes mantém-se como ministro Carlos Santos, no Mar Paulo Veiga, na Agricultura e Ambiente Gilberto Silva, no Comércio, Indústria e Energia Alexandre Dias Monteiro e nas Infraestruturas, Ordenamento do Território e Habitação Eunice Lopes, enquanto Carlos Monteiro é promovido de secretário de Estado a ministro Adjunto do primeiro-ministro para a Juventude e Desporto.

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