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Moçambique

Oikos distribui ajuda portuguesa em Cabo Delgado

20 mai, 2021 - 09:40 • Olímpia Mairos

São mais de 2,6 toneladas de alimentos para apoiar os deslocados que fogem da violência. Segundo a organização não-governamental, mais de 950 mil pessoas passam fome severa.

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Até ao fim da semana, a Oikos – Cooperação e Desenvolvimento vai entregar mais de 2, 6 toneladas de alimentos a famílias de acolhimento a deslocados de Cabo Delgado.

Os cabazes de alimentos contêm bens essenciais como farinha, arroz, feijão, açúcar e óleo alimentar.

De acordo com a ONG, a ajuda a distribuir resulta do apoio financeiro enviado por Portugal através do Governo, entidades públicas e privadas e mesmo de pessoas particulares.

A situação em Cabo Delgado tem-se vindo a agudizar nos últimos anos, com milhares de pessoas a terem que abandonar as suas casas e a fugirem, devido à violência na região.

“Mais de 950 mil pessoas passam fome severa”, alerta a Oikos, assinalando que a Província de Cabo Delgado “tem as taxas mais altas de desnutrição crónica em Moçambique, com mais de metade das crianças desnutridas e, agora, milhares de pessoas estão em situação de insegurança alimentar ainda mais profunda”.

“As Famílias de Acolhimento são também elas muito pobres e estão a receber pessoas deslocadas no seu lar de forma solidária, chegando a atingir mais do dobro do agregado”, acrescenta a ONG. ⠀⠀⠀

Segundo a Oikos, apesar de nestas casas faltar tanto ou mais do que num Centro de Acolhimento Temporário, “não falta o sentimento de inclusão e conforto que só uma família sabe dar”.

Com as famílias de acolhimento evitam-se também maiores concentrações nos Centros Temporários e proporcionam melhores condições de vida e reinserção das pessoas deslocadas.

Em comunicado, a Oikos, indica ainda que, tendo em conta que metade dos deslocados são crianças, vai também “distribuir 560 itens escolares, que ajudarão as famílias que estão a acolher crianças órfãs possam ter materiais como lápis, cadernos, livros, canetas e afias”.

A ação desta organização contempla também a distribuição de bens de primeira necessidade ao nível da higiene, abrigo e proteção, atingindo 15.750 pessoas nos próximos três meses.

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