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EUA. Morte de jovem negro pela polícia provoca confrontos em Minneapolis

12 abr, 2021 - 14:36 • Olímpia Mairos

A morte de Daunte Wright, de 20 anos, ocorreu a cerca de 16 quilómetros do local onde George Floyd foi morto, em maio do ano passado, também durante uma ação policial, um caso que está atualmente em julgamento.

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Protestos na cidade de Brooklyn Center, nos arredores de Minneapolis. Foto: Nick Pfosi/Reuters
Protestos na cidade de Brooklyn Center, nos arredores de Minneapolis. Foto: Nick Pfosi/Reuters
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A cidade de Minneapolis, nos Estados Unidos, saiu à rua, este domingo, em protesto contra a morte de um jovem negro, abatido a tiro pela polícia, depois de ter infringido uma regra de trânsito.

A morte de Daunte Wright, de 20 anos, ocorreu a cerca de 16 quilómetros do local onde George Floyd foi morto, em maio do ano passado, também durante uma ação policial, um caso que está atualmente em julgamento.

De acordo com a Reuters, os manifestantes dirigiram-se à polícia de Brooklyn Center, alguns tentaram avançar, gritando “se não conseguirmos justiça, eles não terão paz”.

Lançaram pedras, acenderam velas e ajoelharam-se em frente às forças de segurança com as mãos na cabeça, enquanto outros ficaram em silêncio, levantando cartazes com os nomes de afroamericanos mortos pela polícia.

Durante os confrontos e para dispersar os manifestantes, a polícia usou gás lacrimogénio e balas de borracha.

Segundo a imprensa local, as manifestações aconteceram em várias áreas da cidade, tendo obrigado o prefeito do Brooklyn Center, Mike Elliott, a declarar recolher obrigatório, como medida de prevenção.

Sobre a morte de Daunte Wright, em mensagem vídeo, o prefeito Elliott afirmou que “os nossos corações estão com a sua família” e prometeu tudo fazer para garantir justiça”.

O homem morto pela polícia foi identificado como Daunte Wright, um jovem de 20 anos, confirmação que foi dada pelo governador de Minneapolis, Tim Walz.

Aos jornalistas, a mãe de Daunte Wright contou que o filho lhe tinha ligado a dizer que a polícia o tinha parado por ter purificadores de ar pendurados no espelho retrovisor, algo que é ilegal no estado do Minnesota.

Ouvi uma altercação e os polícias disseram “'Daunte, não corra'”, contou a mãe, explicando que a chamada terminou pouco depois.

Quando voltou a ligar ao filho, Katie Wright ouviu a voz da namorada do jovem, que lhe disse que Daunte estava morto.

Em comunicado, a polícia de Brooklyn confirmou ter mandado parar um jovem por infração de trânsito, tendo depois descoberto que o jovem tinha uma ordem de prisão.

Quando tentaram prender Daunte Wright, o jovem terá tentado fugir, o que levou um dos agentes a disparar um tiro.

Segundo o comunicado da polícia, a vítima ainda conseguiu conduzir durante uns momentos, mas acabou por bater num carro e morreu no local.

Ainda segundo a polícia, as câmaras instaladas nas fardas dos agentes estavam a funcionar na altura dos factos.

Este caso marca um agravar-se dos protestos na cidade, numa altura em que muitos manifestantes têm saído à rua, sobretudo depois do início do julgamento do caso da morte de George Floyd, que tem o antigo polícia Derek Chauvin como principal suspeito.

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