02 mar, 2021 - 17:01 • Hélio Carvalho , com agências
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A farmacêutica americana Merck vai apoiar a produção da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela rival Johnson & Johnson (J&J). O acordo foi noticiado esta terça-feira pelo Washington Post, e a NBC News adiantou que o entendimento foi mediado pelo Presidente Joe Biden.
Segundo a televisão americana, o Presidente norte-americano procurou juntar as duas farmacêuticas depois das autoridades terem descoberto que a J&J estava atrasada na produção da sua vacina (que requer apenas uma dose). A apoio à produção do fármaco será distribuído por duas instalações.
A Merck entra assim no negócio das vacinas da Covid-19, depois de já ter tentado desenvolver a sua própria vacina. No entanto, desistiu de o fazer em janeiro quando os resultados dos testes clínicos demonstraram uma fraca resposta imunitária.
O aumento na produção e distribuição desta vacina é um reforço bem-vindo, depois de este fim de semana a autoridade do medicamento americana (FDA, na sigla em inglês) anunciar a autorização de emergência da vacina da J&J. Ao contrário das outras duas vacinas aprovadas no país (desenvolvidas pela Pfizer e pela Moderna), a vacina da J&J é administra numa dose única.
O Presidente Joe Biden vai falar aos jornalistas esta terça-feira sobre a situação pandémica do país e poderá anunciar então o acordo. A J&J já distribuiu quatro milhões de doses e o acordo poderá acelerar o cumprimento da meta de chegar às 16 milhões de doses até ao final de março.
Os Estados Unidos são o pais mais atingido pela covid-19 no mundo, registando até esta terça-feira mais de 514 mil mortes e quase 30 milhões de casos. Segundo dados do Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), já foi vacinada mais de 15% de toda a população do país.