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Coronavírus

Marcha pela Vida dos EUA deste ano vai ser virtual

19 jan, 2021 - 15:16 • Filipe d'Avillez

As preocupações com a pandemia e a tensão que se vive em Washington por estes dias levaram a organização a suspender o evento que costuma reunir centenas de milhares de pessoas na capital americana.

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A Marcha Pela Vida dos Estados Unidos vai ser virtual este ano.

Será a primeira vez desde que a marcha começou, em 1974, que esta não se realiza presencialmente, juntando as habituais centenas de milhares de pessoas que participam anualmente na caminhada desde o Capitólio até às portas do Supremo Tribunal.

A razões invocadas pela organização da marcha para suspender o evento, que estava marcado para 29 de janeiro, têm a ver sobretudo com a pandemia, estando previsto que o pico da Covid-19 no país seja atingido precisamente no final do mês de janeiro, mas também a tensão que se tem vivido em Washington por estas semanas.

“A proteção de todos os que participam na marcha anual, bem como dos muitos agentes das forças de segurança, e outros, que todos os anos trabalham incansavelmente para garantir que o evento decorra de forma segura e pacífica, são a principal prioridade da Marcha pela Vida”, diz a organização, num comunicado.

Washington vive dias de grande tensão por esta altura, depois da invasão do Capitólio por parte de manifestantes pró-Trump no dia 6 de janeiro, que levou à morte direta de cinco pessoas, incluindo um polícia e em antecipação da inauguração de Joe Biden, marcada para quarta-feira, dia 20.

O aborto foi legalizado a nível nacional nos Estados Unidos em janeiro de 1973, por decreto do Supremo Tribunal, que justificou a sua decisão com base no direito constitucional à privacidade. A decisão, que ficou para a história como “Roe v. Wade” tem sido das mais contestadas e polémicas dos Estados Unidos até aos tempos correntes.

A Marcha anual pela Vida decorre sempre em janeiro para assinalar a data da decisão e a caminhada termina na escadaria do Supremo Tribunal para pedir simbolicamente a reversão da decisão de Roe v. Wade.

Este ano, contudo, a data não ficará por assinalar. Em vez das centenas de milhares de participantes, uma delegação de líderes pró-vida fará um evento mais pequeno em Washington, que poderá ser seguido em direto.

Entre os presentes estará o arcebispo católico da cidade do Kansas, Joseph Naumann, o ex-jogador de futebol americano Tim Tebow e Cissie Graham, neta do famoso pregador evangélico Billy Graham.

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