01 nov, 2020 - 18:14 • Redação com Lusa
O suspeito de ter baleado, no sábado, um padre grego ortodoxo no interior de uma igreja em Lyon foi libertado este domingo por falta de provas que o pudessem incriminar.
“No estado atual das investigações conduzidas pelos investigadores, nenhum elemento permite implicá-los nos atos”, disse o Ministério Público, acrescentando que o estado mental do suspeito é incompatível com a prisão e recomendando que seja levado para um hospital psiquiátrico.
O homem, um sem abrigo que não transportava armas no momento da detenção, foi preso no distrito de Lyon, perto do templo ortodoxo grego onde ocorreu o ataque, por corresponder à descrição que as testemunhas fizeram do alegado autor do tiroteio, que fugiu logo após o crime.
De momento, os investigadores não descartam nenhuma hipótese sobre o tiroteio que feriu com gravidade o arcipreste da Igreja ortodoxa de Lyon, embora a investigação não esteja a cargo da Procuradoria Antiterrorista, o que descarta motivos terroristas.
Atualmente, a investigação mantém-se aberta, exclusivamente, como “tentativa de homicídio”.
Este ataque aconteceu dois dias depois de três pessoas terem sido decapitadas numa basílica católica, em Nice, por um imigrante tunisino que tinha entrado em França de forma irregular.
Em pouco mais de um mês, foi o terceiro atentado executado por extremistas islâmicos em França, o que levou as autoridades a elevar a segurança em escolas e templos religiosos durante a celebração do feriado de Todos os Santos.