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Angola

Quanto é que Angola perdeu durante os anos de governação de José Eduardo dos Santos? 20,2 mil milhões de euros, diz João Lourenço

11 out, 2020 - 17:16

O valor, que resulta dos processos de investigação patrimonial em curso no Serviço Nacional de Recuperação de Ativos da Procuradoria Geral da República de Angola, foi revelado por João Lourenço numa entrevista concedida ao diário norte-americano Wall Sreet Journal

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O Presidente de Angola, João Lourenço, estimou este domingo em cerca de 24 mil milhões de dólares (20,2 mil milhões de euros) os prejuízos causados ao Estado angolano pela política de delapidação do erário público dos últimos anos.

O valor, que resulta dos processos de investigação patrimonial em curso no Serviço Nacional de Recuperação de Ativos da Procuradoria Geral da República de Angola, foi revelado por João Lourenço numa entrevista concedida, por correio eletrónico, ao diário norte-americano Wall Sreet Journal, e cuja primeira parte foi publicada hoje, merecendo também um comunicado da Presidência da República de Angola.

Na mesma entrevista, João Lourenço específica que, dos cerca de 24 mil milhões de dólares, 13,5 mil milhões foram retirados ilicitamente, através de contratos fraudulentos com a Sonangol, 5 mil milhões, através da Sodiam e Endiama, empresa de diamantes, e os restantes 5 mil milhões foram retirados através de outros setores e empresas públicas.

Até à data, o valor dos bens móveis e imóveis apreendidos ou arrestados em Angola, como fábricas, supermercados, edifícios, imóveis residenciais, hotéis, participações sociais em instituições financeiras e em diversas empresas rentáveis, material de eletricidade e outros ativos já ascende a 4,2 mil milhões de dólares (cerca de 3,5 mil milhões de euros), anunciou ainda o Presidente.

João Lourenço adiantou também que o Serviço Nacional de Recuperação de Ativos da PGR solicitou às suas congéneres no exterior do país a apreensão ou arresto de bens e dinheiro, no valor de cerca de 5,4 mil milhões de dólares (cerca de 4,5 mil milhões de eutos), nomeadamente na Suiça, Holanda, Portugal, Luxemburgo, Chipre, Mónaco e Reino Unido, “lista que tende a alargar-se”, afirmou.


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