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Morte de Daniel Prude. Acusado de encobrimento, chefe da polícia de Rochester demite-se

08 set, 2020 - 21:53 • Joana Azevedo Viana

Imagens divulgadas pelas autoridades de Rochester, em Nova Iorque, mostram como o afroamericano de 41 anos morreu sufocado sob custódia policial.

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O chede da polícia de Rochester, no estado de Nova Iorque, e vários oficiais de alto escalão do seu departamento demitiram-se este terça-feira no rescaldo da morte de Daniel Prude, um homem negro que morreu sufocado após ter sido encapuzado por agentes da polícia e empurrado contra o chão.

As resignações no departamento da polícia de Rochester, incluindo do chefe, La'Ron D. Singletary e do seu vice, Joseph Morabito - noticiadas pelo "New York Times" - têm lugar três dias depois de a procuradora-geral de Nova Iorque, Laetitia James, ter anunciado a abertura de procedimentos judiciais para investigar a morte de Prude.

"Enquanto homem de integridade, não vou ficar sentado calmamente enquanto ká fora as entidades tentam destruir a minha imagem", disse o chefe da polícia de Rochester num comunicado enviado às redações nova-iorquinas. "A forma como estão a politizar e a dar outro sentido ao que eu fiz depois de ter sido informado da morte de Prude não se baseia em factos, e não representa aquilo que defendo."

Em causa está o alegado encobrimento da morte de Daniel Prude, acusa a família. A morte do afroamericano de 41 anos só foi assumida publicamente pelas autoridades após a família ter exigido acesso aos registos públicos da sua detenção.

As gravações captadas por câmaras instaladas nas fardas dos agentes mostram Prude, nu e encapuzado, a debater-se com falta de ar. A família da vítima acusa o departamento policial de Rochester de não revelar o que aconteceu para proteger a identidade dos agentes envolvidos.

No comunicado de demissão, La'Ron Singletary, que assumiu a chefia da polícia de Rochester no ano passado, após 19 anos a progredir no departamento, rejeita as acusações e nega que os seus agentes tenham responsabilidade, isto depois de sete deles terem sido suspensos de funções na semana passada.

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