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Bieolorrússia. Protestos pós-eleições fazem um morto e dezenas feridos nas ruas

10 ago, 2020 - 08:40 • Redação com Lusa

Sondagens revelam que Alexander Lukashenko, no poder desde 1994, foi reeleito. O presidente do Conselho Europeu já condenou a violência contra os manifestantes.

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Um homem morreu e dezenas de pessoas ficaram feridas durante as manifestações em Minsk, no domingo à noite, em protesto contra o resultado anunciado das eleições presidenciais na Bielorrússia, que ditou a vitória do atual presidente, Alexander Lukashenko.

Os militantes da oposição não aceitam o resultado oficial da votação de domingo.

A informação sobre a vítima mortal tem como fonte a organização não-governamental de defesa de direitos humanos Viasna da Bieolorrússia. "Um jovem foi vítima de um traumatismo craniano depois de ter sido atingido por um veículo" das forças da ordem durante as manifestações no centro da cidade, disse a ONG através de um comunicado.

A Viasna acrescenta que há dezenas de pessoas feridas e que se encontram neste momento em hospitais de Minsk.

A polícia utilizou granadas sonoras e balas de borracha para dispersar os manifestantes no centro de Minsk, onde milhares de manifestantes se reuniram durante a noite.

Presidente do Conselho Europeu condena violência

O presidente do Conselho Europeu condenou a violência contra os manifestantes que contestam os resultados das eleições presidenciais de domingo na Bielorrússia.

“Violência contra manifestantes não é a resposta #Bielorrússia. A liberdade de expressão, a liberdade de reunião e os direitos humanos básicos devem ser defendidos”, escreveu Charles Michel, numa mensagem publicada na sua conta oficial na rede social Twitter.

As eleições de domingo na Bielorrússia, ganhas por Alexander Lukashenko com 80,23% dos votos, segundo a agência de notícias estatal Belta, ficaram marcadas por várias manifestações em diferentes cidades, incluindo a capital, Minsk, em protesto contra alegadas fraudes no escrutínio, que ditou a recondução do Presidente, de 65 anos, para um sexto mandato presidencial consecutivo.

A grande rival de Lukashenko, a opositora Svetlana Tikhanovskaia, obteve 9,9% dos votos, de acordo com os primeiros resultados oficiais da Comissão Eleitoral bielorrussa, rejeitados pela oposição.


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