Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Conselho Europeu. Áustria "muito satisfeita" após madrugada de negociações

20 jul, 2020 - 07:33 • Lusa

Os trabalhos são retomados às 15h00. Os 27 ainda não conseguiram chegar a acordo sobre o plano de recuperação económica para enfrentar os efeitos da pandemia. Cimeira prolonga-se pelo quarto dia.

A+ / A-

O chanceler austríaco, Sebastian Kurz, um dos rostos dos designados países “frugais”, mostrou-se, ao início da manhã desta segunda-feira, "muito satisfeito" após um longo dia e madrugada de "negociações difíceis" no Conselho Europeu, em Bruxelas, sobre a resposta europeia à crise.

"As negociações difíceis acabaram, podemos estar bastante satisfeitos com o resultado de hoje. Continuamos à tarde", declarou Sebastian Kurz, numa publicação feita na sua conta oficial da rede social Twitter.


O plenário do Conselho Europeu, que decorre em Bruxelas em busca de um acordo para o relançamento europeu após a crise da Covid-19, prossegue às 15h00.

Depois de um jantar de trabalho no domingo, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, interrompeu a reunião plenária, supostamente por 45 minutos, segundo o anúncio do seu porta-voz, mas este reinício foi, sucessivamente, adiado, tendo os trabalhos tido sido retomados já perto das 5h50 (menos uma hora em Lisboa).

Porém, cinco minutos depois, a sessão foi novamente interrompida e só deverá ser retomada às 16h00 (15h00 Lisboa).

O terceiro dia da cimeira, no domingo, foi o mais longo até ao momento, num total de mais de 20 horas de negociações sem interrupções, mais à margem do que em plenário.

De acordo com fontes europeias, sobre a mesa estará agora uma proposta que mantém o montante global do Fundo de Recuperação em 750 mil milhões de euros – como propunha a Comissão Europeia –, com os subsídios a fundo perdido a pesarem 390 mil milhões de euros, montante que já terá tido luz verde dos 27.

Tanto o plano franco-alemão como a proposta da Comissão Europeia defendiam subvenções num montante de 500 mil milhões de euros, algo rejeitado pelos chamados países “frugais” (Holanda, Áustria, Suécia e Dinamarca), que exigiam que as subvenções ficassem abaixo dos 400 mil milhões de euros.


O objetivo de Charles Michel para esta madrugada passou, então, por tentar fechar o Fundo de Recuperação, deixando as negociações sobre o Quadro Financeiro Plurianual da União de 2021-2027 para depois de algumas horas de sono, esta tarde.

Reunidos desde sexta-feira de manhã, os líderes europeus não lograram ainda chegar a um acordo sobre o próximo Quadro Financeiro Plurianual para 2021-2027 e o Fundo de Recuperação, os pilares do plano de relançamento da economia europeia para superar a crise da Covid-19.

Saiba Mais
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Cidadao
    20 jul, 2020 Lisboa 10:10
    Para começar, porque raio chamam "frugais", aquele quarteto estuporado de Países ricaços a querer beneficiar com os problemas dos outros? Têm menos horas de trabalho que a Europa do Sul, o salário mínimo deles é 3 a 4 vezes superior, as Reformas inclusive, as férias são maiores... Essa "frugalidade" também nós queríamos por cá. No restante, se a Áustria está contente, então o "acordo" não é bom para nós.

Destaques V+