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Aumenta para 29 o número de mortos em ataques talibã no Afeganistão

04 mar, 2020 - 14:41 • Lusa

Os Estados Unidos e grupos talibãs assinaram no sábado em Doha um acordo considerado “histórico” e que prevê a retirada das forças estrangeiras do terreno nos próximos 14 meses, em troca de garantias de paz.

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Os talibãs mataram 29 militares das forças afegãs nas províncias de Kunduz (norte) e Helmand (sul) nos primeiros ataques após o acordo entre os insurgentes e os Estados Unidos firmado no sábado.

De acordo com o Conselho Provincial, o maior número de vítimas mortais ocorreu em Kunduz, no norte do Afeganistão tendo morrido em combate 23 membros do Exército e da polícia. A mesma fonte indicou que quatro soldados ficaram feridos.

Devido aos ataques, o Exército norte-americano bombardeou posições das forças talibãs pela primeira vez depois da assinatura do acordo de Doha, para defender posições do Exército Nacional Afegão alvo de ataques armados.

Os Estados Unidos bombardearam combatentes talibãs em Nahr-e-saraj na província de Helmand, que atacaram as forças de segurança afegãs. Trata-se de um bombardeamento defensivo, disse o porta-voz das forças norte-americanas em Cabul. “Nós estamos empenhados na paz, mas temos a responsabilidade de defender os nossos aliados afegãos (governo)”, acrescentou o mesmo responsável.

“Só no dia 3 de março (terça-feira) os talibãs lançaram 43 ataques contra postos de controlo das forças afegãs em Helmand”, província do sul considerada como um dos redutos das forças insurgentes. Inicialmente, o governo de Cabul indicava a morte de 20 soldados e polícias.

Os Estados Unidos e grupos talibãs assinaram no sábado em Doha um acordo considerado “histórico” e que prevê a retirada das forças estrangeiras do terreno nos próximos 14 meses, em troca de garantias de paz.

O bombardeamento norte-americano registou-se poucas horas depois de um contacto telefónico entre o presidente dos Estados Unidos e o Mullah Baradar, chefe político dos talibãs e que foi considerado “positivo” pelo presidente Donald Trump.

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