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Médicos tailandeses asseguram ter curado paciente com coronavírus

02 fev, 2020 - 11:13 • Lusa

O tratamento incluiu retrovirais contra o VIH, também usados durante o surto de Síndrome Respiratório Agudo Grave (SARS).

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Dois médicos tailandeses garantiram neste domingo ter conseguido curar uma paciente infetada com o novo coronavírus através de uma mistura de medicamentos contra o VIH e um remédio antigripal.

A paciente em causa é uma mulher de 71 anos que deu entrada num hospital de Hua Hing, no sudoeste de Banguecoque, e foi transferida mais tarde com sintomas fortes para o hospital Rajavithi na capital tailandesa, segundo o diário “Bangkok Post”.

Em conferência de imprensa, os médicos tailandeses Kriangsak Atipornvanich e Suebsai Kongsangdao de Rajavithi indicaram que a mulher se recuperou ao fim de 48 horas de ter sido iniciado o tratamento.

O tratamento consta de oseltamivir, um antigripal utilizado em pacientes afetados pelo síndrome respiratório do Médio Oriente (MERS), e dois medicamentos antirretrovirais usados conjuntamente contra o VIH: lopinavir e ritonavir.

Em 24 de janeiro, um grupo de cientistas chineses indicaram, em entrevista à revista “The Lancet”, que estão a desenvolver ensaios clínicos para curar o coronavírus com lopinavir e ritonavir, que foram também usados durante a crise do Síndrome Respiratório Agudo Grave (SARS) em 2003 e 2004.

O coronavírus de Wuhan (2019-nCoV), o SARS e o MERS provocam sintomas como febre, tosse e dor de garganta, assim como insuficiência renal e pneumonia, podendo ser fatais.

Neste domingo, a China elevou para 304 mortos e mais de 14 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado pelo novo coronavírus detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).

As Filipinas anunciaram também hoje a morte de um cidadão de nacionalidade chinesa, vítima de uma pneumonia causada pelo novo coronavírus, a primeira vítima fatal fora da China.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC, na sigla inglesa) por causa do surto do novo coronavírus na China.

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