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Coronavírus. Vacina pode começar a ser testada em menos de 40 dias

28 jan, 2020 - 14:06 • Marta Grosso com Lusa

Há várias equipas a investigar possíveis vacinas para o novo vírus que surgiu na China. O coronavírus já matou 106 pessoas e infetou mais de quatro mil. Há 64 casos confirmados fora da China.

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A equipa chinesa que trabalha no desenvolvimento de uma vacina para combater o coronavírus que nasceu em Wuhan afirmou nesta terça-feira que espera poder começar os testes em menos de 40 dias, avança a agência estatal Xinhua.

Até agora, morreram pelo menos 106 pessoas e mais de 4.000 foram infetadas pelo novo coronavírus (2019-nCoV), detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei, no centro da China.

No projeto da vacina, anunciado há apenas dois dias, participam o Hospital Oriental de Xangai – ligado à Universidade Tongji – e a empresa de biotecnologia da cidade Stemirna Therapeutics.

Segundo Li Hangwen, conselheiro delegado da empresa, não serão necessários mais de 40 dias para fabricar as amostras da vacina, que serão então enviadas para realizar os testes nos centros médicos, mas não indicou uma data para a sua chegada ao mercado.

A farmacêutica norte-americana Johnson& Johnson também começou a desenvolver uma vacina, embora os prazos indicados pelo chefe da sua equipa científica, Paul Stoffels, sejam bastante menos otimistas.

Stoffels referiu que poderá ser necessário um ano para o produto chegar ao mercado.

Na semana passada, a agência Reuters dava conta de três equipas diferentes a trabalhar na investigação de possíveis vacinas contra o coronavírus.

A investigação é conduzida pelo laboratório Moderna, também fabricante de vacinas, que trabalha em cooperação com o Instituto Norte-Americano para as Alergias e Doenças Infecciosas (pertencente à Inovio Pharma) e a equipa de investigadores da Universidede de Queensland, na Austrália.

Segundo a Coligação para a Preparação Inovadora contra Epidemias (Coalition for Epidemic Preparedness Innovations – CEPI, na sigla em inglês), o objetivo é que pelo menos uma vacina chegue aos ensaios clínicos até junho.

“Não há garantias de sucesso, mas esperamos que este trabalho possa representar um importante e significativo passo para a produção de uma vacina contra a doença”, afirma o chefe executivo da CEPI, Richard Hatchett, citado pela agência Reuters.

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