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Arábia Saudita

Investigadora da ONU. ​Julgamento ao homicídio de Jamal Khashoggi "foi uma farsa”

23 dez, 2019 - 22:22 • Ricardo Vieira, com Reuters

Mandantes do assassinato do jornalista saudita escaparam impunes, critica relatora especial das Nações Unidas.

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O julgamento do caso da morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi não passou de uma “farsa” de justiça, acusa a relatora especial das Nações Unidas, Agnes Callamard.

A investigadora critica o facto de os mandantes do assassinato de Jamal Khashoggi terem escapado impunes.

“Os assassinos são culpados, foram sentenciados à morte. Os mentores não só ficam em liberdade, como mal foram tocados pela investigação e pelo julgamento”, escreveu Agnes Callamard na rede social Twitter.

Um relatório das Nações Unidas, divulgado em junho deste ano, responsabilizava o príncipe regente da Arábia Saudita pela morte do jornalista e ativista Jamal Khashoggi.

Na altura, a investigadora Agnes Callamard, relatora especial da ONU para execuções extrajudiciais, concluiu que “Khashoggi foi vítima de uma execução extrajudicial deliberada e premeditada, pela qual o Estado da Arábia Saudita é responsável, ao abrigo da legislação internacional dos direitos humanos.”

A justiça da Arábia Saudita condenou esta segunda-feira cinco pessoas à pena de morte pelo homicídio de Jamal Khashoggi, ocorrido em outubro de 2018. O crime aconteceu no consulado em Istambul, na Turquia.

Três suspeitos receberam uma sentença de 24 anos de prisão e outros três foram ilibados.

O tribunal saudita rejeitou as conclusões de uma investigação das Nações Unidas e considerou que o assassinato não foi planeado, mas sim “no calor do momento”.

Um oficial da Administração Trump disse que a sentença é um “passo importante” para que se faça justiça no caso da morte do jornalista, que estava exilado no Estados Unidos e que se deslocou a Istambul para tratar de documentos para o casamento.

Outra fonte norte-americana garantiu que Washington vai continuar a pressionar a Arábia Saudita para que todos os responsáveis sejam levados perante a justiça.

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