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Merkel exorta Europa a defender valores da democracia e liberdade

09 nov, 2019 - 17:35 • Lusa

Os chefes de Estado da Alemanha, Polónia, República Checa, Eslováquia e Hungria homenagearam esta manhã as vítimas do Muro de Berlim. 140 pessoas morreram ao tentar atravessá-lo entre 1961 e 1989. A “cortina de ferro”, que dividiu a Europa entre Ocidente capitalista e Oriente soviético foi derrubada há precisamente 30 anos.

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"Não as esquecemos". Angela Merkel recorda as vítimas do muro de Berlim
"Não as esquecemos". Angela Merkel recorda as vítimas do muro de Berlim

A chanceler alemã, Angela Merkel, exortou, este sábado, a Europa a defender os valores fundamentais da “democracia e liberdade” durante as comemorações do 30.º aniversário da queda do Muro de Berlim.

“Os valores subjacentes à Europa, liberdade, democracia, igualdade, Estado de direito e preservação dos Direitos Humanos não são óbvios” e “devem ser sempre defendidos”, disse Merkel na Capela da Reconciliação, um dos locais de memória da divisão, com um muro, da cidade de Berlim, que durou desde agosto de 1961 a 09 de novembro de 1989, separando o lado democrático do lado comunista.

“No futuro é necessário que se empenhem” para defender os valores da Europa, disse Merkel na ocasião, considerando que o modelo de democracia liberal é cada vez mais posto em causa no mundo, mas também em certa medida no continente europeu.

Alguns países da Europa Oriental, como Hungria ou Polónia, pioneiros na luta contra a ditadura comunista na década de 1980, são atualmente acusados pela União Europeia de não respeitarem totalmente as regras do Estado de direito.

O Chefe de Estado alemão, Frank-Walter Steinmeier, na intervenção que fez e onde estavam presentes os presidentes da Polónia, Hungria, República Checa e Eslováquia, quatro países que estiveram sob regimes comunistas e depois envolvidos no fim da "cortina de ferro", disse que “a democracia liberal está a ser contestada e posta em causa”.

“O 9 de novembro recorda-nos que é preciso lutar contra o ódio, racismo e o antissemitismo”, disse ainda Steinmeie na cerimónia de comemoração da queda do Muro de Berlim, que na Alemanha coincide com a Noite de Cristal de 1938, na qual as sinagogas neste país europeu foram queimadas pelos nazis.

A queda do Muro de Berlim deu-se depois de uma ‘revolução pacífica’ e as imagens dos alemães ocidentais e orientais exultando de alegria e abraçando-se circularam por todo o mundo.

A Alemanha lembra hoje os 30 anos da queda do muro com diversas iniciativas. A nível político, o Presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, recebeu em Berlim os seus homólogos da Polónia, República Checa, Eslováquia e Hungria, para comemorar a queda do muro e “a contribuição dos Estados da Europa central para a revolução pacífica” na ex-República Democrática Alemã, segundo anunciou recentemente a Presidência alemã.

As Portas de Brandeburgo – símbolo de divisão histórica da Alemanha, que se tornou símbolo de liberdade – é o palco do epicentro das comemorações dos 30 anos da queda do muro de Berlim, com um espetáculo multimédia que recorda os eventos do dia 09 de novembro de 1989.


Recorde a Grande Reportagem da Renascença:

Especial Muro de Berlim

Trabalho multimédia produzido em 2009, vencedor de um prémio do Obciber - Observatório de Ciberjornalismo. Optimizado para desktop. Esta página pode não ser visualizada correctamente em dispositivos móveis.

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