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Ébola. Governo do Ruanda fecha fronteiras com a RD Congo

01 ago, 2019 - 12:40 • Lusa

Menina de um ano é o caso mais recente da doença na cidade congolesa de Goma. OMS já declarou emergência internacional de saúde pública por causa da epidemia.

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O Governo ruandês decidiu fechar as suas fronteiras terrestres com a República Democrática do Congo (RD Congo), após terem sido detetados casos do vírus do Ébola na cidade congolesa de Goma, situada a poucos metros do Ruanda.

"Sim, a fronteira está encerrada", confirmou nesta quinta-feira o encarregado de assuntos exteriores do Ruanda para a comunidade de Africana Oriental, citado pela agência noticiosa espanhola Efe.

O anúncio coincide com a confirmação, também esta quinta-feira, de um novo caso infetado com o vírus do Ébola em Goma – o terceiro, e que é a filha de 1 ano da segunda vítima mortal, que faleceu na quarta-feira.

A primeira vítima mortal em Goma foi um pastor evangélico que morreu no dia 16 de julho quando era transferido para um centro de tratamento da localidade de Butembo.

Além disso, na cidade de Goma e arredores, há 12 casos suspeitos que estão à espera de confirmação, segundo o balanço feito pelo Governo congolês divulgado na terça-feira.

Goma é uma cidade que se encontra a cerca de 350 quilómetros do epicentro da epidemia e mesmo ao lado do Ruanda.

Em declarações à agência Efe, o oficial de saúde de uma das fronteiras da cidade, Dédé Ndungi Ndungi, afirmou que as autoridades do Ruanda não deixam passar nem entrar passageiros ou mercadorias em nenhum dos dois postos fronteiriços existentes em Goma, desde esta manhã.

"Ruanda tem medo do Ébola”, disse Ndungi, referindo que na parte da fronteira que se encontra aberta ninguém com suspeita do vírus tentou entrar no Ruanda.

Em novembro, o Governo da RD Congo anunciou que a epidemia de Ébola passara a ser a maior da história do país relativamente ao número de contágios.

A epidemia está localizada nas províncias de Kivu do Norte e Ituri e já se converteu na pior da história da RD Congo e na segunda mais grave do mundo, apenas ultrapassada pela verificada na África Ocidental em 2014, com mais de 11.000 mortos.

Esta quinta-feira, faz um ano desde que o surto foi declarado e é a primeira vez que o Ébola afeta uma zona em conflito.

O vírus do Ébola transmite-se através do contacto direto com sangue e os fluidos corporais contaminados. Provoca febre hemorrágica e pode chegar a alcançar uma taxa de mortalidade de 90% se não for tratado a tempo.

No dia 17 de julho, o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou o estado de Emergência Internacional na RD Congo devido ao Ébola.

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