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WikiLeaks

EUA confirmam extradição de Assange. "Este homem representa um risco para o mundo"

21 jul, 2019 - 19:22 • Redação com Lusa

Há uma semana, o ministro de Estado britânico para a Europa e as Américas tinha assegurado que o fundador do WikiLeaks não seria extraditado para um país onde pudesse arriscar a pena de morte.

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O Reino Unido vai extraditar para os Estados Unidos o fundador do WikiLeaks Julian Assange para ser julgado por espionagem, afirmou este domingo o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, segundo o jornal equatoriano El Universo.

"Já fizemos o pedido, será extraditado para os Estados Unidos, onde será levado à justiça", acrescentou Pompeo. "Não posso comentar mais, mas o meu Governo considera que é importante que este homem que representa um risco para o mundo e colocou em risco soldados americanos seja sancionado pela justiça", salientou o secretário de Estado, que se encontrou no sábado com o Presidente do Equador, Lenin Moreno, no âmbito de uma visita ao país.

Há uma semana, o ministro de Estado britânico para a Europa e as Américas, Alan Duncan, tinha assegurado, por sua vez, numa visita ao Equador, que Julian Assange não seria extraditado para um país onde pudesse arriscar a pena de morte.

As autoridades dos EUA acusam Assange de ter infringido a Lei da Espionagem ao publicar no portal WikiLeaks uma série de documentos secretos com os nomes de pessoas que forneceram informações às forças americanas e da coligação no Iraque e no Afeganistão. Porém, Assange invoca o estatuto de jornalista e a proteção que a Primeira Emenda da Constituição norte-americana concede à liberdade de expressão para evitar a extradição.

O processo de extradição para os EUA foi autorizado em junho pelo ministro do Interior, Sajid Javid, um requisito para poder avançar nos tribunais britânicos.

Julian Assange, de 47 anos, encontra-se atualmente detido na prisão de Belmarsh, nos arredores de Londres, a cumprir uma pena de 50 semanas de prisão por desrespeitar as condições de liberdade condicional em 2012. O fundador do WikiLeaks esteve refugiado durante sete anos na embaixada do Equador em Londres para evitar a extradição para a Suécia, onde seria questionado sobre alegações de abusos sexuais sobre duas mulheres.

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