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8 dias para a saída

Petição para travar Brexit entope site do Parlamento. Mais de 800 mil já votaram

21 mar, 2019 - 12:02 • Redação com agências

Petição apela à revogação do resultado do referendo de 2016. Theresa May saberá hoje se a data para o Brexit passará para 30 de junho.

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Mais de 800 mil pessoas assinaram uma petição no site do Parlamento britânico apelando ao Governo que revogue a saída da União Europeia. O número cresce quase a cada minuto e chegou mesmo a causar o entupimento do site.

A petição foi lançada na quarta-feira à noite, poucas horas depois de a primeira-ministra, Theresa May, se ter dirigido à população numa comunicação televisiva em que pedia uma decisão definitiva.

Logo de manhã, a petição, intitulada “Revogar o artigo 50 e permanecer na UE”, alcançou 600 mil assinaturas, número que começou a crescer a uma taxa de 1.500 assinaturas por minuto.

Até que o site deu por si e, pelas 9h00, apareceu uma mensagem a informar que estava "em manutenção" e a pedir aos usuários que "tentassem novamente mais tarde".

É tempo de o Parlamento decidir sobre o divórcio da União Europeia, afirmou a chefe do Governo ontem à noite, admitindo que o eventual adiamento do Brexit de 29 de março para 30 de junho “é uma questão de grande pesar” para si.

“Espero ardentemente que os deputados encontrem uma maneira de apoiar o acordo que eu negociei com a UE”, disse a chefe do Governo britânico na residência oficial de Downing Street.

“Eu estou do vosso lado”, garantiu ainda May aos britânicos.

É nesta quinta-feira que os líderes europeus irão comunicar à primeira-ministra britânica se terá mais dois meses para organizar uma saída organizada do bloco europeu. Mas para tal, é preciso que o Parlamento britânico aprove o acordo.

Em 2016, mais de 17 milhões de britânicos votaram, em referendo, a favor da saída do Reino Unido da União Europeia; 16 milhões votaram em permanecer no bloco. No ano seguinte, Theresa May invocou o artigo 50º do Tratado de Lisboa para oficializar a intenção de sair da UE.

Mas os contratempos têm sido muitos e o acordo alcançado entre o Governo britânico e a União Europeia não colheu apoios entre os deputados britânicos. Apesar de tudo, a primeira-ministra tem sempre defendido “a vontade expressa do povo”.

Todas as petições com mais de 100 mil assinaturas obrigam o Parlamento britânico a ponderar um debate sobre o assunto.

De recordar ainda que, no mesmo ano em foi feito o referendo, uma petição assinada por quatro milhões de pessoas pedia uma segunda consulta pública, dado que a primeira não tinha atingido os 60% dos eleitores.

Comentários
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  • gil
    21 mar, 2019 lisboa 14:00
    É preciso ter a noção das dimensões e sua relatividade.Inglaterra tem mais de 65 milhões de habitantes e mais d 40 milhões de eleitores,neste panorama o q representam 800 000?Estas açoes lavadas acabo por ativistas são legitimas mas irrelevantes.Novas eleições ou referendo iriam extremar e dividir os ingleses com repercussões nos emigrantes e ingleses brutais. É a mais antiga e verdadeira democracia na EU q tem 2 comandos Merkel primeiro e depois BRUXEALAS, quem pode tolerar isto?Só os necessitados e pobres como Portugal etc,porque os economicamente independentes vao mandar á fava a Eu devido á sua permanente ingerência externa nos assuntos e culturas internas de forma coerciva de outros.As campanhas a existir serão tremendamente violentas e o repetir referendo será o descrédito Mundial da Inglaterra principalmente como será olhada nos países da commonoewlll.S´se repetem referendos em democracias imaturas ou sejam em não democracias verdadeiras mas fantoches.A realidade é q já existe um apoio explicito de TRUMP a May e uma agressividade da EU contra o Reino Unido como se estivesse a preparar uma GUERRA.

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