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Google vai lançar versão censurada do seu motor de busca na China

02 ago, 2018 - 13:58

Documentos internos a que o "The Intercept teve acesso revelam que a gigante norte-americana aceitou bloquear conteúdos relacionados com Direitos Humanos, democracia, religião e protestos pacíficos.

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A Google tem planos para lançar uma versão censurada do seu motor de busca na China que vai bloquear o acesso da população a sites e conteúdos relacionados com Direitos Humanos, democracia, religião e protestos pacíficos.

A notícia foi lançada esta semana pelo site "The Intercept" com base em documentos internos da empresa norte-americana a que o jornalista Ryan Gallagher teve acesso.

O projeto tem o nome de código Dragonfly e, de acordo com o que foi apurado, está a ser preparado desde o final do ano, tendo acelerado depois de um encontro em dezembro entre o CEO da Google, Sundar Pichai, e representantes de alto nível do regime chinês. Estas informações constam dos documentos consultados e já foram confirmadas por fontes familiarizadas com o plano.

Segundo o "The Intercept", equipas de engenheiros e programadores informáticos da Google desenvolveram uma aplicação para Android à medida para censurar tópicos incómodos para o Governo de Xi Jinping. A versão provisória dessa app já foi apresentada às autoridades do país e uma versão final deverá ser lançada entre os próximos seis a nove meses.

Atualmente, o motor de busca da Google não está acessível à maioria dos utilizadores cibernéticos na China por causa da chamada Great Firewall, um sistema criado pelas autoridades chinesas que bloqueia o acesso a este e a outros sites.

A nova app que a Google está a desenvolver para o país enquadra-se nas restritivas leis de censura da China, que bloqueiam o acesso a conteúdos que o Partido Comunista considera desfavoráveis ou incómodos.

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