05 abr, 2018 - 16:08
Veja também:
Yulia Skripal, a filha do ex-espião russo envenenado em solo britânico, revelou, esta quinta-feira, que recuperou a consciência há uma semana.
"Acordei há uma semana e estou feliz por poder dizer que as minhas forças estão a crescer diariamente. estou grata pelo interesse que muitos mostraram pelas muitas mensagens que recebi", disse Skripal, num comunicado divulgado em seu nome pela Polícia Metropolitana de Londres.
Yulia Skripal, 33 anos, agradece em particular "às pessoas de Salisbury", a cidade do sudoeste da Grã-Bretanha onde ocorreu o incidente, e destaca o "cuidado e profissionalismo" do pessoal médico do hospital localDistrital de Salisbury ", diz o comunicado
“Tenho várias pessoas a quem tenho de agradecer pela minha recuperação e gostaria de mencionar de forma especial as pessoas de Salisbury que ajudaram quando eu e o meu pai estávamos incapacitados”, pode ler-se na citação atribuída a Yulia Skripal.
A filha do ex-espião russo confessa que o episódio que viveu é "desorientador" e pede que seja respeitada a sua "privacidade", tal como a sua sua família, "durante o período de minha convalescença".
Sergei Skripal, o ex-espião russo que desertou para o Reino Unido na década de 90, continua em estado crítico, mas estável.
Sergei e Yulia Skripal foram encontrados inertes num banco de jardim em Salisbury. A investigação concluiu que foram envenenados com um agente nervoso de fabrico soviético.
Londres diz que a Rússia esteve por detrás do ataque, que desencadeou uma guerra diplomática entre os dois países, que se espalhou, com dezenas de países a expulsar diplomatas russos em solidariedade com o Reino Unido.
A Rússia nega qualquer envolvimento e pede ao Reino Unido que apresente provas de que não foram os seus próprios serviços secretos a envenenar Skripal.
Na guerra diplomática que se seguiu, perto de 30 países já expulsaram mais de uma centena de diplomatas russos dos seus países.
Na terça-feira, o diretor-executivo do laboratório militar britânico de Porton Down afirmou que as análises realizadas não permitiram determinar onde foi produzido o gás neurotóxico que envenenou o ex-espião Serguei Skripal. "Conseguimos determinar que é Novichok e determinar que é um agente neurotóxico militar", disse, na terça-feira, Gary Aitkenhead, mas "não determinamos a sua origem precisa".