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Puigdemont. Estado espanhol está “alienado das práticas democráticas”

06 nov, 2017 - 11:18

Ex-Presidente da Catalunha e quatro dos seus ministros foram ouvidos durante cinco horas por um juiz de instrução. São acusados de rebelião, sedição e desvio de fundos.

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O presidente destituído da região autónoma espanhola da Catalunha disse que os ex-membros da “Generalitat” estão presos em Espanha longe das práticas democráticas.

Carles Puidgemont foi ouvido no domingo por um juiz belga e colocado em liberdade sob a condição de não abandonar a cidade de Bruxelas onde se encontra.

“Libertado e sem caução”, escreveu Puigdemont numa mensagem em catalão difundida através da rede social Twitter.

Trata-se da primeira declaração do ex-presidente regional e autoproclamado chefe de Estado da República da Catalunha após ter sido notificado na Bélgica a pedido de Madrid.

“Os nossos pensamentos vão para os nossos colegas injustamente presos por um Estado que está alienado da prática democrática”, acrescenta o mesmo texto em referência aos restantes elementos da “Generalitat” destituídas após a aplicação do artigo 155 da Constituição espanhola.

Puigdemont e quatro ex-ministros do governo regional da Catalunha estão na Bélgica desde a semana passada e foram ouvidos por um juiz de instrução em Bruxelas tendo sido libertados após uma longa audição que decorreu domingo.

Os cinco foram libertados, mas foram proibidos de abandonar território belga, obrigados a indicarem uma residência fixa e com ordens para se apresentarem “pessoalmente” sempre que forem convocados pelo tribunal ou pela polícia. Aguardam o pronunciamento da justiça belga sobre o mandado de detenção emitido pelas autoridades de Madrid e que, na prática, funciona como um pedido de extradição.

A Audiência Nacional, em Espanha, acusa os ex-membros da “Generalitat” – incluindo os cinco que se encontram em Bruxelas - de “rebelião, sedição, má gestão de fundos públicos e desobediência às autoridades”. Arriscam penas que podem ir até 30 anos de prisão.

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  • J Simões
    06 nov, 2017 Lisboa 20:37
    Pois é: cá temos mais um "professor" de democracia. Já tivemos algumas.
  • Filipe
    06 nov, 2017 évora 12:56
    Este tipo é louco , quer ser independente e dependente da UE , nem perguntou aos Europeus se o queriam como independente , trágica mente humana , precisa ser reprogramada , Reset !

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