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Londres. Polícia confirma 30 mortos e 24 pessoas hospitalizadas

16 jun, 2017 - 12:28

Há dezenas de desaparecidos após o incêndio na torre Grenfell.

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A lenta e dolorosa busca pelos desaparecidos no incêndio em Londres
A lenta e dolorosa busca pelos desaparecidos no incêndio em Londres

O comandante da polícia Metropolitana de Londres confirmou que há "pelo menos" 30 vítimas mortais do fogo da Torre Grenfell. Um dos mortos inclui uma pessoa que tinha sido transportada para o hospital.

Stuart Cundy disse existirem mais vítimas mortais no edifício. “Nós sempre soubemos que o número de mortes poderia aumentar”, disse.

A investigação sobre as causas do fogo pode levar semanas, segundo o oficial. "Infelizmente, não esperamos que ainda hajam sobreviventes. Acredito que o número de vítimas mortais chegue a aumentar", acrescenta.

“Nada indicia que o incêndio tenha sido iniciado deliberadamente”, sublinhou.

As autoridades britânicas revelaram que podem nunca vir a identificar as pessoas que perderam a vida no incêndio, que consumiu por completo um edifício com 24 andares e 120 apartamentos.

Estão hospitalizadas 30 pessoas, 20 das quais em estado crítico, segundo os serviços de emergência.

O presidente da câmara de Londres exige a publicação, ainda "este Verão", do relatório preliminar sobre o incêndio de quarta-feira, e não dentro de vários anos. Sadiq Khan referiu ainda que “o inquérito público vai querer apurar se a torre de apartamentos estava devidamente referenciada e se cumpria parâmetros de segurança”. Acrescentou que vão ser “feitas inspecções a todas as torres de apartamentos não só em Londres mas em todo o pais”. Precisamos de saber se estão seguras”.

O jornal “The Sun” revelou na sua edição que estão desaparecidas 65 pessoas na sequência do incêndio.

Remodelação polémica

As causas deste incêndio ainda não são conhecidas. Segundo a BBC, pensa-se que o revestimento possa ter sido o combustível que fez propagar as chamas a partir do segundo piso.

A remodelação recente custou 11 milhões de euros e a ideia era aumentar a eficiência energética do edifício e tornar a estrutura de betão mais inserida na paisagem. A torre foi então revestida com um compósito de alumínio cujo núcleo é de polietileno, um dos plásticos mais comuns.

Alguns especialistas avançaram à BBC que quando é devidamente colocado resiste ao fogo, mas outros advertem que é um material polémico que dá muitos problemas, já o polietileno arde a grande velocidade.

A Torre Grenfell era um bloco de apartamentos de habitação social do norte de Kensignton, dos anos de 1970, sendo gerido pelo Kensington and Chelsea Tenant Management Organisation.

A rainha Isabel II fez esta sexta-feira uma visita ao local do incêndio, ouvindo os serviços de emergência, residentes e representantes da comunidade.

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