Tempo
|
A+ / A-

"Grande força repressiva" na Venezuela. Novos protesto fazem um morto e mais de 144 feridos

11 mai, 2017 - 00:19

Desde há seis semanas que se intensificaram, na Venezuela, as marchas a favor e contra o Presidente venezuelano, tendo já provocado pelo menos 45 mortos e mais de 700 feridos.

A+ / A-

Uma pessoa morreu e pelo menos 144 ficaram feridas esta quarta-feira, em Caracas, quando a Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar) e a Polícia Nacional Bolivariana reprimiram uma manifestação contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro.

A morte foi confirmada aos jornalistas pelo director dos serviços de saúde de Baruta, Enrique Montbrun.

"Desta vez havia uma grande força repressiva: há 73 feridos (em Baruta) e um morto", disse.

A vítima foi identificada como Miguel Castillo, de 27 anos, que se manifestava na urbanização Las Mercedes, de Caracas.

"Morreu por traumatismo penetrante de um projéctil de alta velocidade, que impactou a nível do tórax e produziu-lhe a morte imediata", explicou.

Por outro lado, segundo o alcaide de Chacao (leste de Caracas), Ramón Muchacho, pelas 16h15 horas locais (21h15 em Lisboa) 71 pessoas tinham sido atendidas pelos serviços de saúde daquele município, "vítimas da repressão de parte de funcionários da Guarda Nacional, durante a manifestação opositora.

Em Chacao, precisou, 54 feridos apresentaram quadros de traumatismos, dois ferimentos de bala, quatro tiros de borracha e 11 asfixia.

Por outro lado, segundo a imprensa venezuelana, alegados 'colectivos' (motociclistas armados afectos ao regime) dispararam contra manifestantes em La Candelária, nas proximidades do Centro de Caracas.

Os disparos foram efectuados, segundo fotos divulgadas através do Twitter, perante o olhar indiferente da polícia.

Ao lado, em San Bernardino, foi detido Sérgio Contreras, professor da Universidade Católica Andrés Bello e do partido opositor Vontade Popular, quando, com um megafone, falava aos manifestantes.

O deputado opositor Jorge Millán tentou impedir a detenção e foi agredido pela Polícia Nacional Bolivariana.

As forças de segurança venezuelanas impediram, hoje, milhares de pessoas, de chegar até à sede do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), em protesto contra duas sentenças que limitavam a imunidade parlamentar e em que aquele organismo assume as funções do parlamento.

Os manifestantes protestam ainda pela convocatória a uma Assembleia Constituinte, feita a 1 de Maio último, pelo Presidente Nicolás Maduro.

Cada vez são mais frequentes as queixas de manifestantes de aumento da repressão.

Desde há seis semanas que se intensificaram, na Venezuela, as marchas a favor e contra o Presidente venezuelano, tendo já provocado pelo menos 45 mortos e mais de 700 feridos.

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • mendes
    17 mai, 2017 braga 11:38
    joao galhardo em 1974-1975-1976-tu devias estar na lua
  • Juan Carlos
    12 mai, 2017 Caracas 06:17
    Miguel botelho vente a vivir en caracas presencia a repression y la ves mas no te digo porque a mentes obtsusas como la tuya imposible aclarar te la mente ta infectada de odio lo siento por ti no me gustaría que pasaras lo mismo
  • João Galhardo
    11 mai, 2017 Lisboa 22:18
    Diga-me, Mendes, onde é que existiu em Portugal tropas comandadas por assassinos civis? Foi no norte de Portugal, aqueles que mataram comunistas e queimaram as suas sedes? Quem é que incentivou o terrorismo do MDLP e do ELP? Quem é que matou os dois funcionários da embaixada de Cuba, Mendes? E por falar em Venezuela, contemos os mortos desta chamada «guarimba» e diga-me quantos socialistas estão entre os mortos? Todos. Dos 34 mortos, são todos socialistas. Um deles, um artista gráfico, de 24 anos de idade, foi morto com um taco de basebol por um membro dos esquadrões da direita radical, a tal que conduz os protestos. Era preciso chegar a esta violência gratuita e sem razão?
  • António Costa
    11 mai, 2017 Cacém 17:22
    No inicio, dos idos anos 50s, as dúvidas sobre a utilização do armamento nuclear eram muitas. Então, tanto a URSS como os EUA realizaram "experiencias" sobre os seus próprios soldados.... "miúdos" foram deliberadamente colocados em zonas "próximas" dos testes nucleares.... os resultados foram devastadores... tanto a URSS como os EUA, chegaram à conclusão que o uso de armas nucleares era "pouco prática" no terreno de batalha....As pessoas são as mesmas independentemente, de ser de "esquerda", de "direita" ou às "riscas". Ser livre de dizer, ser livre de falar é o que faz e fez a diferença. Sem "rédea curta" os governantes mostram logo o que são. E principalmente "ensinar" às pessoas, desde pequenas, que "chefes sem rédea curta" são apenas monstros.
  • mendes
    11 mai, 2017 braga 11:49
    infelizmente nao e so na venezuela que ha maduros em portugal tambem os ha e tu miguel botelho es um deles eu tenho la familia falo com eles e sei o que la se passa a verdade e esta em todos os paises onde a esquerda toma o poder acaba a democracia e a liberdade e aqui em portugal ja tivemos um exemplo a seguir ao 25 de abril com as tropas comandadas por assassinos civis cometeram todo o tipo de crime contra o povo
  • Miguel Botelho
    11 mai, 2017 Lisboa 08:22
    A Renascença nada diz sobre as bombas de excremento humano (as puputov) usadas pela oposição contra a polícia; nem dos apedrejamentos às instituições; nem dos ataques selváticos e roubo de armas à polícia venezuelana; nem que os mortos contados são na sua maioria pertencentes ao partido de Maduro. Tudo é dado como se a oposição venezuelana fosse comandada por santos. Quando os protestos são feitos, como em Maidan ou Venezuela, os opositores são chamados de «libertadores». Quando os protestos são contra o FMI e governos capitalistas, os opositores são chamados de subversivos e terroristas.

Destaques V+