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“Há muita gente que evita o metro”. O relato de um português no metro de São Petersburgo

04 abr, 2017 - 12:07 • Pedro Mesquita

A dirigir-se para o centro da cidade, Delfim Martins um cozinheiro português residente há mais de 20 anos em São Petersburgo, relata na Renascença o ambiente que se sente a bordo do metro da cidade.

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“Está tudo calado, tudo metido na sua vida. O controlo do metro está muito eficaz”. É esta a descrição que Delfim Martins, um cozinheiro português a residir há duas décadas em São Petersburgo, faz do ambiente no metropolitano da cidade, um dia depois dos ataques que fizeram 14 mortos e 51 feridos.

A viajar no interior de uma carruagem de metro, em direcção ao centro de São Petersburgo, Delfim Martins não nega que o atentado “preocupa os habitantes”, justificando assim o número reduzido de pessoas que viaja consigo no metro da cidade russa. “Há muita gente que evita vir no metro. Está pouca gente no metro hoje. Muita menos gente do que habitualmente”, relata.

"As pessoas estão revoltadas. Ouve-se pessoas a defender que os muçulmanos deveriam ser todos deportados da Rússia, que são todos iguais...", conta o português à Renascença.

Questionado sobre as medidas de segurança perceptíveis, o português constata um claro reforço. Apesar de não ver agentes no interior das carruagens, “há muitos polícias à entrada do metro”, conta.

"Há detectores de metal, como nos aeroportos”, acrescenta, relatando, ainda, que as forças de segurança inspeccionam os sacos das pessoas: “Quem vem com sacos maiores, abrem-lhes os sacos.”

Tendo saído precisamente na estação onde ontem se deu o antenado, o português fala em muita polícia e numa estação "completamente limpa, com muitas flores".

"As pessoas estão apreensivas”, remata.

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  • mara
    07 abr, 2017 Portugal 15:54
    Vamos todos apelar à Paz, Amor e Fraternidade... imitemos aqueles que pediram ao Mundo para promover a Paz e o Amor desde Jesus, ao nosso Querido Papa Francisco...
  • Pois é!
    04 abr, 2017 dequalquerlado 14:45
    "As pessoas estão revoltadas. Ouve-se pessoas a defender que os muçulmanos deveriam ser todos deportados da Rússia, que são todos iguais...", E isto não é para menos, dizem com toda a razão, não há país no mundo seguro com esta escumalha, em toda a parte onde estão ou fazem distúrbios ou matam ou querem viver como vivem nos seus países, estes retrogradas, e tanto matam nos seus países os seus irmãos como vão matar os cidadãos dos países que os acolhem. Se são todos iguais?! É claro que são, se não são terroristas pensam como os terroristas, e basta algum estar chateado com alguém ou com a vida, arranja um carro de aluguer e é um tal matar quem lhes aparece à frente. Ainda há tempos uma noj-ta degolou a cabeça de uma criança, tudo em nome de alá. Era expulsa-los todos. Que vão para os seus países matar, estas bestas. Pronto, mais um comentário para não ser publicado. Acho que vou passar a falar só em santidade.

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