03 abr, 2017 - 15:25
Delfim Martins, português residente em São Petersburgo, conta à Renascença que uma boleia dada pela sua mulher evitou que pudesse ter estado no metro da cidade à hora da explosão desta segunda-feira.
"Tive sorte", disse este cozinheiro a viver há 23 anos na cidade russa à Renascença. Um relato na primeira pessoa, a partir de São Petersburgo.
O que sabe, até ao momento, sobre as circunstâncias em que se deu a explosão?
Diz-se que houve três explosões no metro. Sei que há mortos e há muitos feridos, mas ainda estão a tentar saber o que é que se passou. O metro está fechado.
Toda a linha do metro?
Todas as linhas de metro estão fechadas.
Terão morrido nove pessoas e dezenas terão ficado feridas. São estes os dados que conhece, aí?
Sim, isso é verdade. Eu tive sorte, que eu estava para ir para o metro, e a minha mulher disse-me: "Não, amor, eu levo-te lá no carro", para o trabalho.
O Presidente Vladimir Putin está em São Petersburgo. Já falou sobre estes atentados?
Ele diz que, por enquanto, ainda não sabe os motivos. Vão tentar saber os motivos e vão fazer uma acção, vão investigar o que é que se passou.
Como descreve a cidade de São Petersburgo neste momento?
Está tudo mais ou menos com calma. Isto é uma cidade enorme... Ao pé do metro, é que há mais um pânico e as pessoas estão em estado de choque. Eu passei lá há bocadinho e vi ambulâncias por todo o lado. O trânsito também está cortado nas avenidas principais e pode ser que ainda haja mais explosões, ninguém sabe. Por isso é que eles estão a tomar precauções.