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McDonald’s no Vaticano cai mal a cardeais e empresários

03 jan, 2017 - 18:34

O Papa Francisco já recebeu uma carta a pedir que impeça a entrada da cadeia de “fast food” nas redondezas do Vaticano, mas a empresa mantém que se adaptou à envolvente histórica.

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A abertura de um restaurante McDonald’s nas redondezas do Vaticano, a poucos metros da cúpula de mármore da Basílica de São Pedro, não está a ser bem digerida por alguns cardeais e empresários locais.

O restaurante de “fast food” abriu com uma fachada discreta e sem fanfarras, a 30 de Dezembro, no pitoresco Borgo Pio, mesmo à porta da cidade que recebe milhões de peregrinos e turistas todos os anos.

Quando o plano surgiu, no ano passado, um dos seus críticos mais ferozes foi o cardeal Elio Sgreccia, que disse que a comida do McDonald's não tem nada a ver com as tradições gastronómicas romanas, além de não ser das mais saudáveis.

Ter um McDonald’s em Borgo Pio “é uma desgraça", disse Sgreccia ao jornal “La Repubblica”, na época.

"Seria melhor usar esses espaços para ajudar os mais carenciados, para a hospitalidade, para dar abrigo e ajuda aos que sofrem, como o Santo Padre ensina", disse Sgreccia.

Nem tudo são críticas

Apesar da indignação vinda de alguns sectores, duas freiras foram vistas, na terça-feira, a entrar no restaurante à hora de almoço, segundo a agência Reuters.

Em comunicado, a McDonald's sublinhou que o novo restaurante se situa numa popular zona turística fora do Vaticano, embora o edifício em si seja propriedade da Santa Sé.

"Como é o caso sempre que operamos perto de locais históricos, este restaurante foi totalmente adaptado tendo em conta o património histórico envolvente", disse a empresa.

Alguns proprietários de empresas locais escreveram ao Papa Francisco a pedir que não permitisse a abertura do "franchise", receando que seja prejudicial à identidade artística, cultural e social do bairro.

Na carta, assinada também pela comissão local criada para proteger Borgo Pio, diz-se que a zona já está “saturada” de restaurantes e lojas de artigos religiosos e que atrair mais turistas poderá constituir um risco de segurança.

Cidades por toda a Itália têm vindo a "apertar" com os restaurantes de “fast food”. Em Florença, a empresa interpôs uma acção judicial no valor de 19 milhões de euros depois de o presidente da câmara de cidade renascentista ter recusado um pedido para abrir um McDonald’s na zona histórica.

Comentários
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  • maria
    08 jan, 2017 Lisboa 22:00
    Que tristeza de comentários - tão ignorantes! Gente que nem sabe o que se passa dentro da Igreja!
  • Carlos Marques
    04 jan, 2017 PENICHE 04:48
    Essa praga acha que ainda não está espalhada o suficiente, quer enfiar-se em todo o lado à força. Nem é bom para ninguém a não ser para os gananciosos. Abram antes um restaurante português com comida decente.
  • Francisco Rodrigues
    04 jan, 2017 Algés 00:36
    ó Magalhães .. k treta pré histórica é essa de que Deus permitiu a abertura do Mac.?.? tal o desespero jacobino k até isso inventam..... não admira k a igreja continue viva.....e bem viva.. com esses Q.I. ateus abaixo de zero.....apesar dos milhões de católicos assassinados.....basta recordar a guilhotina da revolução francesa....Lenine . Stalin...mao.....
  • Maria João
    04 jan, 2017 Lisboa 00:00
    Apenas para Informar que Fátima ja tem Mac...
  • RUI
    03 jan, 2017 Paredes 23:44
    João Magalhães; Deus permite tudo.Cada um de nós é que tem que ver o que está certo ou errado. Se você não trabalha por opção, foi Deus que quis? Se você mata por opção, foi porque Deus quis? Deus criou leis simples e imutáveis, mas dá a cada um de nós o livre-arbítrio, e nós fazemos o que queremos, mas, depois sofremos as consequências. A sementeira é livre, mas a colheita é obrigatória. Por isso não culpemos Deus pelas nossas acções. Em relação ao caso em questão, não comento
  • rosinda
    03 jan, 2017 palmela 23:01
    a igreja tem que fazer a diferença!As testemunhas de jeova andam por ai a distruir livrinhos gratuitos que ensinam como nos proteger de doenças tenho um aqui na minha frente!
  • 03 jan, 2017 22:43
    Big kiss
  • rosinda
    03 jan, 2017 palmela 22:34
    eu estou com os cardeais!Se eles se opuserem a abertura dessas lojas significa que estao a zelar pela saude das pessoas nomedamente a saude das crianças!
  • Joao Magalhaes
    03 jan, 2017 Lisboa 20:44
    A religião é uma comédia, com estes casos conseguimos ver a grande mentira que é. Ora se abriu um Mac no Vaticano foi porque deus o permitiu, ou não ? Porque se deus não permitisse, alguma coisa ele fazia para não abrir, correcto? De certeza que o dono do Mac usou a expressão " graças a deus conseguimos abrir" .
  • João Marcelino
    03 jan, 2017 Viseu 20:35
    Se fosse uma mega loja de venda de bugigangas para sacar mais uns cobres aos muitos milhares de peregrinos que ali vão, enriquecendo desse modo os já muito ricos cofres do Vaticano, aí sim, a unanimidade dos senhores cardeais seria total. Estas almas da igreja já viram mais que tempo de abrirem as lapas e verem que o mundo á sua volta evolui a cada dia que passa. Enfim... perdoai-lhes Senhor!

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