30 nov, 2016 - 14:57
A comissária de bordo Ximena Suárez, uma das sobreviventes à queda do avião da LaMia que se despenhou na Colômbia, revela que as luzes se apagaram rapidamente a bordo do aparelho e que, menos de um minuto depois, sentiu o impacto do avião a despenhar-se.
“O pouco que ela relatou foi que as luzes começaram a apagar-se repentinamente e que 40 ou 50 segundos depois sentiu a pancada”, diz Luis Pérez, o governador de Antioquia, depois de ter visitado a sobrevivente, citado pelo jornal “O Globo”.
Ximena Suárez é uma das seis pessoas que sobreviveram à queda do avião, na qual morreram 71 pessoas. A bordo seguiam 77 pessoas (68 passageiros e nove membros da tripulação). O aparelho transportava a delegação da Chapacoense, o clube brasileiro que se deslocava para a disputa da final da Taça Sul-Americana, bem como profissionais dos órgãos de comunicação social.
O mesmo jornal cita ainda relatos de uma testemunha que assistiu à queda do avião. Um piloto da empresa Avianca que voava nas proximidades escutou a conversa entre a tripulação da aeronave acidentada e a torre de controlo do aeroporto de Medellín, onde deveria ter sido feita a aterragem.
De acordo com o jornal colombiano "El Tiempo", o capitão do voo da LaMia, Alejandro Quiroga Murakami, pediu repentinamente e aos gritos que o deixassem aterrar no aeroporto porque tinha problemas de combustível.
“Solicitamos prioridade para proceder, solicitamos prioridade para proceder ao localizador, temos problemas de combustível”, terá dito o piloto da LaMia. De acordo com a imprensa, o pedido terá sido negado. Depois, o comandante do avião onde seguia a equipa da Chapecoense decretou situação de emergência e relatou problemas eléctricos.
“Agora temos uma falha eléctrica, temos uma total falha eléctrica”, alertou.
As causas do acidente ainda estão a ser investigadas. As duas caixas negras já foram recuperadas. Quando os dados das caixas negras forem analisados, os especialistas esperam encontrar explicações para o sucedido.